Somos bombardeados desde que somos crianças com mensagens que nos estimulam a sermos bons com os outros. Não só bons como “bonzinhos“.
Nesta nossa sociedade ocidental preponderantemente cristã, a vingança é sempre desencorajada, a orientação é sempre no sentido de oferecermos a outra face (continuarmos apanhando) e o perdão é visto como a virtude espiritual suprema.
Não só pelas mensagens, mas também pelo medo instintivo da rejeição, fazemos esforços sobre-humanos para parecermos bons, agradáveis, gentis e magnânimos.
Há também o fato, já muito comentado por mim aqui, do grande estímulo disseminado para que as pessoas tentem conseguir o que querem através da fé, de mentalizações e pensamentos positivos, ao invés da atitude prática, a qual é sempre mais difícil e nos expõe bastante a conflitos, apesar de ser mais efetiva.
Então, ao longo da vida você começa a notar que todas, TODAS as pessoas que têm algum sucesso material de destaque, são aquelas que, sob pressão, são capazes de revidar numa explosão de auto-afirmação, ou, dito de outro modo, viram o “demonho” quando precisam defender aquilo que acreditam.
Elas, claro, são vistas com bastante reserva, colecionam inimigos inclusive, mas vivem cercadas de pessoas, afinal, tem o poder que conquistaram justamente com essa postura assertiva e até mesmo combativa, que os outros não têm justamente porque não adotam ou não tem coragem de adotar essa postura.
Eu fico me perguntando se as mensagens espirituais de bondade e humanidade não passam de uma conspiração para que o povo continue a ser povo e somente alguns consigam liderá-los, não por uma questão de manutenção de privilégios, e sim para que o mundo não se acabe numa bola de fogo com todo mundo se destruindo o tempo todo.
O fato é que, se você quer mesmo alcançar algum sucesso na vida, vai ter que aprender a, sempre que necessário, ser ruim, muito ruim. Aliás, ser ruim não é o difícil, o difícil é ser ruim na hora certa, no lugar certo e com as pessoas certas, e ainda depois, não se importar com as reações nada calorosa dos outros 🙂
Lena
11 de maio de 2017 as 13:54
Rssss.Adorei seu texto diferente, nada óbvio como costumo ler,principalmente o final,não sei se foi essa sua reação quando escrevia mas a minha sim(morri de rir)muito bom mesmo.
Ronaud Pereira
13 de maio de 2017 as 13:21
Bom que gostou, Lena. Seja sempre bem vinda. Um abraço 😉