Não é preciso ser um intelectual para entender porque o Socialismo não deu certo em lugar algum onde tenha sido tentado.

Usarei aqui o termo Socialismo como sinônimo de outros termos como comunismo ou marxismo.

O socialismo é uma ideologia. É um conjunto de teorias – TEORIAS – cuja implementação prática visaria banir as injustiças materiais do mundo e alcançar a tão sonhada Justiça Social.

O socialismo é um ideal de como a sociedade deveria funcionar.

E aqui temos um problema.

Há um ditado que diz:

Na prática, a teoria é outra.

Ou seja, quando você tenta implementar um ideal na prática, esbarra em infinitos obstáculos não previstos, alguns, intransponíveis.

Pergunte para qualquer construtor, dos obstáculos que ele enfrenta na construção, isto é, na materialização do projeto de um edifício; pergunte para qualquer empresário as dificuldades que ele enfrenta diariamente para manter uma empresa funcionando de acordo com seu plano de negócio.

Muitas vezes nem dá certo. Evidente que há milhões de edifícios construídos há décadas em uso ao redor do mundo, porque a engenharia é uma ciência exata, concreta, perfeitamente passível de medição, aprendizagem e melhorias contínuas, ao contrário das complexas e imensuráveis ciências sociais. Mesmo assim, quantos prédios abandonados temos nas grandes cidades, ou edifícios que desabam, edifícios que são demolidos ou implodidos, porque morar neles tornou-se inviável pelos mais diversos motivos não vislumbrados durante a idealização de seus projetos? Quantas empresas quebram anualmente porque os riscos inerentes à realidade foram mais fortes do que a vontade empreendedora de seu proprietário; quantos prejuízos tomam as empresas sobreviventes entre tentativas e erros para alcançar o crescimento?

Agora projete a megalomania dos ideólogos que se angariam a autoridade de saber como melhorar a sociedade.

Todo intelectual, especialmente professores universitários, tem uma afetação de superioridade. Ele acha que compreende mais da realidade porque leu livrinhos cheios de teorias prepotentes de gente com nenhuma experiência prática de vida, e defendem as ideias mais lunáticas, por não conceberem as consequências práticas. Há um sentimento de frustração, de inferioridade. Como pode alguém como o Luciano Hang ser bilionário, e… “Uma mente brilhante como a minha não estar guiando a sociedade rumo ao paraíso na terra”? São os Zé Teoria. O papel dos livros aceita tudo, mas quando colocados em cargos de poder, são um desastre, porque a realidade sempre se impõe.

Insanidade ideológica

Insanidade ideológica

Por que a ideologia não descreve a realidade?

A ideologia marxista possui infinitas incoerências internas e outras tantos descolamentos das leis naturais. Esta imagem ao lado mostra uma dessas infinitas insanidades.

Leia: Incoerências da Esquerda

Uma página de ampla influência entre os jovens lança que é possível a convivência entre harmonia e força. E recebe milhares de curtidas de jovens ingênuos, angustiados com as injustiças do mundo, despreparados, incapazes de raciocinar, ansiosos por soluções para suas angústias.

Ora, onde reina a harmonia, não é preciso força. Onde há força de um grupo contra outro, não existe harmonia.

Eles farão os mais surpreendentes malabarismos verbais para dizer que é sim possível a coexistência de harmonia e força. Fácil, a ideologia abarca tudo, porque o ideólogo não precisa provar nada. A defesa ideológica é por natureza a defesa do que não se conhece, do que se idealiza. Os temas ideológicos só existem na imaginação de quem os defende, e por isso mesmo, na imaginação tendem a dar certo, porque ninguém se esforça muito para encontrar obstáculos imaginários para suas grandiosas ideias. Basta dizer que no futuro ou no espaço distante a harmonia e força convivem pacificamente, e os jovens choram de emoção.

A ideologia é uma forma de alienação. No final da imagem, o sujeito questiona: “Quem pode dizer que não dá certo?”

A realidade diz!

Ela, a realidade, não está nem um pouco preocupada com isso. Cedo ou tarde o rolo compressor da realidade virá esmagar todo e qualquer devaneio ideológico, deixando pra trás rastros de decadência, destruição, miséria e fome.

Socialistas lidam com hipóteses como se fossem fatos, e negam os fatos que contradizem as hipóteses.

Idealismo

Há uma percepção que somente conservadores e liberais aceitam (e lamentam), e que socialistas/progressistas não admitem:

A perfeição não é deste mundo.

Liberais e conservadores percebem, e aceitam, que a realidade é imperfeita, que o mundo é hostil, injusto e imprevisível; que a condição natural do ser humano é a miséria; que algo sempre pode dar – e dará – errado.

Condições que podem sim ser melhoradas, porém gradativamente, no decorrer das décadas, mediante melhoramento dos processos baseados em críticas honestas fundamentadas nas ciências econômicas comprovadamente bem sucedidas.

O socialista não aceita isso, quer promover a justiça social imediatamente, através da canetada, por decreto do Estado, ou mesmo, através das leis. Eles veem o Estado como o grande agente de transformação social. Esperam que o Estado utilize seu poder de coação para “consertar” o mundo através de artificialidades ideológicas definidas por seus mentores intelectuais – os quais às vezes mais parecem autores de ficção.

No campo material, o socialista não aceita que o mundo tenha algumas pessoas bilionárias e outras milhões de pessoas passando fome.

Na verdade eu também não aceito, fico depressivo quando me dou conta das tantas injustiças do mundo, e fico ainda mais depressivo porque, ao contrário do socialista, que acredita mesmo que basta tirar do rico e distribuir ao pobre para resolver o problema da pobreza no mundo, o que lhe dá esperança, eu entendo que este procedimento não resolve o problema efetivamente. Porque entendo que, como toda medida socialista, resolverá temporariamente, como bem observou Margareth Thatcher ao dizer que o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros. Jean-Paul Getty também observou: Se todo o dinheiro do país fosse distribuído igualmente, até o último centavo, para toda a população, voltaria para as mesmas mãos, com muito poucas diferenças, em menos de 5 anos.

A prosperidade possui leis naturais próprias – dependendo o ponto de vista, injustas – que nem a melhor e mais bem intencionada ideologia do mundo é capaz de corrigir.

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Liberais, especialmente no campo econômico, sabem que não existe mágica. Que a economia se fundamenta sobre leis naturais que, se forçadas de algum modo, levarão ao resultado oposto do esperado; sabem que não existe almoço grátis e que um dia a conta chega, e que quem usualmente paga essa conta é o mais pobre.