Beber é a solução quando não há mais solução

Beber é a solução quando não há mais solução

Há uma frase já bem conhecida que é sempre repetida por aí, que diz: Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada.

Alguns vão mais longe e aconselham juntar gelo, açúcar e vodka e fazer uma caipirinha. Prefiro esta alternativa 🙂

Mas o que mais vemos acontecer, e também o que mais costumamos fazer nessas situações, é que em vez de fazer uma boa caipirinha com os limões que a vida nos oferece, abrimos o berreiro brigando com a vida, questionando-a por não ter nos oferecido laranjas, ou quem sabe morangos, para os mais exigentes.

Isso me faz relembrar da dificuldade que as pessoas têm de associar o que vinham plantando com o que têm colhido.

Diziam na escola que não gostavam de matemática, e hoje não conseguem associar causa e efeito.

Já comentei aqui sobre isso, com uma imagem bem didática explicando a relação indissociável entre causas e efeitos nas nossas vidas.

Dificuldade antiga

Se você parar para pensar na história do conhecimento, e na constante briga entre místicos, religiosos e cientistas, vai perceber que a história do pensamento humano é a história da busca das causas desconhecidas de efeitos conhecidos.

Céticos costumam reagir às dificuldades agindo e mudando o que pode ser mudado na prática, lamentando ou aceitando o que não pode ser mudado. Místicos e religiosos costumam lutar por mudanças também agindo, mas sobretudo, orando, rezando e suplicando aos seus deuses pelas mudanças desejadas.

Quando algo muito extraordinário acontece nesse sentido, isto é, quando as mudanças almejadas são alcançadas, os primeiros atribuem as causas às suas próprias ações, ou a alguma peculiaridade incomum das leis naturais, a qual costumam chamar de sorte, ou acaso. Já os segundos não demoram em atribuir as causas das mudanças desejadas e alcançadas a milagres e intercessões de seres espirituais.

Particularmente, creio que ambos possuem algum nível de razão em suas atribuições de causas para os efeitos alcançados.

E não há problema algum nisso, desde que todos estejam cientes da relação (aparentemente) lógica que possa haver entre as ações que têm tomado na vida e as reações que vêm recebendo.

O triste mesmo é saber que boa parte da humanidade ainda segue insistindo em plantar limão, para colher morangos.