Os trechos abaixo foram retirados do livro A Física da Alma, de Amit Goswami. Mostra de forma precisa o modo como o materialismo filosófico é APENAS mais um paradigma, dentre tantos que já ditaram o que é certo e o que é errado, o que é possível e o que é impossível. Como se a natureza ligasse para o que o homem acha que é possível ou não.

[…] Mesmo assim, metade da população mundial crê em religiões que incluem a reencarnação. E ainda mais interessante saber que excelentes dados científicos, em áreas distintas, parecem estar sustentando os modelos reencarnatórios dessas religiões. Em muitas culturas, há livros dos mortos descrevendo a jornada pós-morte da alma. Entre tais livros, um dos mais famosos é o da cultura tibetana, chamado Livro tibetano dos mortos. Pessoas que voltaram do limiar da morte descrevem suas experiências de quase-morte em termos claramente similares aos empregados no Livro tibetano dos mortos. Além disso, há muitos dados, com suficiente corroboração, confirmando a evocação da memória reencarnatória. O popular — mas controvertido —fenômeno das comunicações mediúnicas (channeling ou “canalização”, em inglês) recebeu considerável apoio científico. O fenómeno dos anjos e guias espirituais vivenciado por muitas pessoas, mesmo nesta cultura científica, foi tema de livros e programas de televisão de grande audiência.

Embora os cientistas convencionais digam que boa parte desses novos dados é subjetiva ou, mesmo, fraudulenta, na verdade eles representam anomalias para o paradigma materialista, pois, se essas coisas são reais, então a alegação materialista de que “nada existe além da matéria” é diretamente falseada. Com efeito, a reencarnação e experiências de quase-morte não são os únicos fenómenos anómalos para a ciência materialista. Seus limites estão sendo postos em xeque em diversas frentes. Há problemas de “sinais de pontuação” na evolução biológica, que Steven Gould popularizou; há problemas de morfogênese biológica, que Rupert Sheldrake trouxe à nossa atenção; há problemas de cura mente-corpo, sobre os quais luminares como Deepak Chopra e Larry Dossey escreveram copiosamente. Há anomalias de percepção extra-sensorial e, até, de percepção normal. Nossa criatividade e nossa espiritualidade devem ser consideradas fenómenos anômalos para o paradigma materialista. Mais notável ainda: anomalias e paradoxos da própria física, da física quântica, foram tema de muitos livros recentes.

[…] Se o indivíduo foi criado na cultura ocidental, ainda bastante materialista, é provável que sua cosmovisão seja um estranho e confuso amálgama de materialismo (a supremacia da matéria) e dualismo interativo cartesiano (o mundo espiritual existe como um mundo separado e independente, feito de uma substância não material que, de certo modo, interage com o mundo material).

A Física Da Alma

A Física Da Alma

A despeito da jogadinha de marketing associando este cientista ao filme Quem Somos Nós, fiquei contente ao ver que na verdade, ele aparece muito pouco no filme. Porque convenhamos, embora elucide alguma coisa da física quântica ao público leigo, o filmezinho é meio picareta (clique e saiba porque) e, assim como o filme O Segredo, ao simplificar demais grandes verdades espirituais, cai para o lado da venda consumista de possibilidades de vida melhor, sem esforço algum, e o pior, vendendo uma base científica que na verdade não existe, AINDA, em ambos os filmes.

Volto a frisar que creio nessas possibilidades, mas sempre com a consciência de que ainda são só possibilidades, de modo que o que muito me agrada nos dizeres que tenho encontrado neste livro, é justamente seu aspecto filosófico, uma nova visão que abre as portas para novas possibilidades de estudo em que a consciência tem papel fundamental na realidade.