Dias atrás estava “viajando” sobre a eterna balança sobre a qual vivemos, que diz respeito a aspirarmos naturalmente pela liberdade, ao passo em que somos bombardeados diariamente de todos os lados por anúncios publicitários que incitam nosso desejo. Neste texto, comentei sobre essa guerra nossa de todos os dias, na qual ansiamos por paz e equilíbrio ao mesmo tempo em que nos escravizamos em troca de alguns mimos (comidinhas boas, roupas da moda, etc) e brinquedinhos legais (carros, eletrônicos etc).

Dessa minha “viagem”, saiu o gráfico abaixo:

O gráfico da felicidade

O gráfico da felicidade

E do gráfico saiu as seguintes observações:

Todos almejamos liberdade, certo? (…) Bom, suponho que sim.

Poucos sabem, ou percebem, que o DESEJO APRISIONA.

Mas todos queremos liberdade, para poder desejar (ter,fazer) “o que quisermos”.
E não percebemos que para sermos livres, bastaria desejarmos menos.

O dinheiro permite, quanto mais se tem, mais desejar e ser livre ao mesmo tempo.
Mas a não ser que você seja um herdeiro rico, via de regra, para obter e manter grandes quantias de dinheiro, você terá que assumir grandes responsabilidades. E ser responsável por algo, você sabe, é o que basta para termos parte de nossa liberdade podada. O que gera um certo círculo vicioso.

A liberdade promovida – ou buscada estritamente – através do dinheiro é ilusória. Ter a liberdade de desejar o que se quer é uma contradição. Na medida em que você deseja qualquer objeto, posição social, pessoa, você se torna um pouco (ou totalmente) escravo dessas coisas.

O único meio de ser totalmente livre, é não desejando.

A liberdade autêntica vem de dentro, ou seja, a verdadeira liberdade se manifesta quando nos sentimos livres, e não pela posse de algo que nos permite sentir livres.

A felicidade possível resulta de um equilíbrio entre esses dois valores. Ao menos penso que ninguém consegue viver totalmente livre e desprovido de qualquer senso de utilidade, ou totalmente apegado aos seus bens e valores materiais, sem dar uma respirada de vez em quando.

E você, o que acha?

PS.: Isso é uma mera “análise” descompromissada. É apenas um exercício que visa tentar compreender melhor essa nossa natureza tão contraditória.