Eu vejo alguns amigos discutindo política e ações governamentais pelo Facebook e fico me perguntando: Será que não percebem que o resultado prático dessas discussões facebookeanas não passa da impressionante e chocante marca de…

…NENHUM?

As pessoas discutem por caixas de comentários. Querem convencer os outros por caixas de comentários. Quando não, querem mudar o mundo através do Facebook.

A cada dia, me convenço mais que o Facebook não é sério. Quer dizer, nunca foi, nós é que nos deslumbramos com algumas novidades tecnológicas.

Na melhor das hipóteses, é um grande brinquedo social. Um entretenimento e um meio de contato com pessoas queridas e distantes, motivo pelo qual ainda permaneço lá com um perfil ativo, além de usá-lo para divulgar os textos que publico aqui. (Mas assim como fiz com o twitter, também tenho tentado publicar menos comentários no Facebook e mais por aqui, que é de fato, o meu “lugar”)

Na pior das hipóteses, o face é mais um instrumento de alienação, através da ilusão de se ter alguma voz ativa quando ela é, na verdade, irrelevante. Sim, a verdade me parece que até os sujeitos mais engajadores do FB são, em relação à realidade prática, irrelevantes. Sei lá… me diz aí! qual a grande mudança social provocada pelo Facebook além de pequenas ações pontuais, das quais não lembramos de nenhuma?

Além de que a rede social é um grande motivo de procrastinação, onde o povo se distrai das coisas importantes da vida.

Num texto lido dias atrás de uma abstêmia do twitter, ela comparava o mesmo a uma grande oitava série. Seguindo o raciocínio, as publicações gerais do Facebook me demonstram que ele não passa de uma grande quarta série.

Terceira, talvez…

Gente estranha

Com as muito queridas exceções de sempre, de modo geral, quando você comenta algo por lá, sobre assuntos quaisquer, raramente entendem, e além de não entenderem, ainda vêm comentar algo completamente diverso.

Ironia então, desista!

O nível geral de publicações é mediano para baixo, infantil, às vezes me sinto mal em estar participando daquilo.

Quando você publica suas opiniões e comentários, gente que você conhece pessoalmente e lhe cumprimenta na rua, não se manifesta, não comenta, nem curte o que você comenta, mas não só estão online como curtem publicações de conhecidos em comum. Quer dizer, o Facebook é um ótimo meio de saber quem não gosta de você.

Você curte as publicações de um monte de gente, mas quem curte as suas são outras pessoas. Aquelas cujas publicações você curte, raramente sãos as mesmas que curtem seus status. Não é difícil perceber, no dia a dia, que cada um publica as coisas de seu interesse: O revoltado só publica material contra a política e teorias de conspiração, o político de oposição só publica material contra o governo (o político do governo não publica nada, pois está ocupado em roubar trabalhar), mamães só publicam material sobre filhos e maternidade, pessoas de humor raso só publicam material tosco, menininhas bonitinhas só publicam fotos de si mesmas, gente que não sabe articular um parágrafo com início, meio e fim só publica fotos de baladas (porque a única coisa que fazem de bom na vida mesmo é beber), pessoas problemáticas só publicam liçõezinhas de auto-ajuda (nada contra), as quais, porém, não conseguem aplicar na prática (né, ronaud). Ufa!

Facebook, o reino encantado do umbiguismo.

Incoerência

O pior de tudo é a hipócrita incoerência. Gente que pessoalmente aparenta ser gente boa, na rede é metido a saber tudo e XINGA algumas pessoas, em especial políticos, de um modo que, pessoalmente, jamais faria.

E a questão final: qual a grande graça de publicar uma imagem diferente, ou as próprias fotos, e algumas pessoas distantes “curtirem”? Qual o propósito final?