Acho que todos que costumam ler livros e artigos sobre auto-ajuda ou comportamento, já encontraram alguma vez o significado etimológico da palavra RELIGIÃO. Essa palavrinha e seu sentido litúrgico atual ditam os rumos de meio mundo. Mas seu sentido original é até bem prático e autêntico. Há várias hipóteses quanto a etimologia da palavra RELIGIÃO, porém a mais aceita advém do termo latino “religare” o que – já não é tão novidade assim – significa “religar”. Algo como nos religarmos a Deus. Tal seria o sentido puro e original de uma religião, o de religar-nos à divindade da qual “somos parte”.
Faz muito sentido. Nas atribulações do dia a dia, de fato não é raro nos vermos perdidos. No meio de tantos afazeres, conhecimentos adquiridos, mensagens publicitárias e necessidades físicas, nos perdemos. Perdemos o rumo e ficamos sem saber sequer o que pensar. Eu mesmo vivo sentindo a falta de momentos para voltar para mim mesmo, para me centrar novamente sobre um direcionamento maior. É quase uma questão de foco. Perdemos o foco da vida entremeados por tantas letras, luzes e imagens brigando por nosso olhar e atenção.
É onde as pessoas encontram refúgio no reconfortante hábito de frequentar algum templo qualquer, para redirecionar suas atenções para o alto, enobrecendo os pensamentos e aquietando o espírito.
Como muito do que o homem põe a mão, o sentido de religião atualmente passa a idéia de “obrigação”, “compromisso”. Mas no meu ponto de vista, essa obrigação para se frequentar uma congregação não será salutar se vier de fora. Qualquer hábito religioso só é razoável ao meu ver se vier de dentro. Até porque acredito que todos sentem uma necessidade assim, em algum momento da vida. E tudo o que fazemos com aquela vontade genuína tende a nos fazer bem, já o contrário, a obrigação, pode até direcionar o comportamento do povo em geral, por algum tempo, mas no longo prazo a sensação de prisão afastará o indivíduo.
Liberdade é uma sensação, e muito antes um valor, pelo qual tenho grande estima, muito além do que qualquer outro. Gosto de me sentir livre. Mas o que venho dizer aqui é que apesar da vida moderna nos proporcionar tanta liberdade para quem souber ir de encontro a ela, é importante estarmos sempre nos “religando” à nossa essência espiritual e divina. No burburinho diário me parece de importância extrema sabermos parar alguns minutinhos que sejam só para centrarmos nossa atenção em nós mesmos e acalmarmos a mente. Uma dica boa é escrevermos numa folha qualquer, em letras grandes, algumas palavras que nos fazem bem, e espalharmos pela casa ou escritório. Ou quem sabe alguma oração, de acordo com nosso gosto e preferência religiosa. O importante é batermos os olhos e automaticamente sermos guiados para um pensamento de calma e consciência da nossa condição de seres espirituais vivendo uma experiência física… …para nos tocarmos de que somos mais do que seres físicos à mercê de casuais experiências espirituais.
miss demoiselle
12 de fevereiro de 2009 as 16:01
Ronaud,
creio que fomos feitos para adorar a Deus e, as pessoas estão cada vez mais distantes dessa essência, por isso tanta ‘coisa’ errada, tanto descaminho, tanta falta de paz e quietude. Por isso tanta coisa a preencher o vazio insuportável, que apenas gera outro vazio.
Por isso, é importante você escrever tal coisa, precisamos nos religar à nossa essência.
Não podemos andar por aí, como andarilhos sem rumo…
um abraço,
miss
Julia
12 de fevereiro de 2009 as 19:35
(OI RONAUD!!!!)Estou muito feliz por vc ter escrito este texto, gostei muito. Continue sempre assim, cheio de idéias novas.
Super Beijo fique com Deus.
ronaud
16 de fevereiro de 2009 as 22:04
Miss,
também compartilho desta forte crença de que se nos mantivermos “firmes” em nós mesmos e portanto em nossa essência divina, nossos caminhos serão de acertos, e não errantes.
Julia,
obrigado pela visita. Como eu falei, posso demorar um pouquinho mas sempre estarei aqui dando meus pitacos sobre a vida rs.