A passagem do tempo me desagrada.
Ela mostra minha impotência, falibilidade, meus erros, minhas omissões, meus descasos.
E mais do que minhas falhas, ela mostra que, por enquanto, ainda há tempo.
Mostra que devo errar menos.
Não suporto ver tantas pessoas queridas que conheci, afastadas.
Esse ir e vir de amigos me atordoa.
Ficaram para trás e, por mais (ou justamente por) que a amizade desconheça o tempo, as queria agora, aqui, reunidas, brindando, sorrindo.
Encarei o que fingia que não via. Eu, a quem tanto sensibiliza o sentimento de amizade, não sei manter amigos.
Aqui a acomodação e meu egoísmo falam mais alto.
Buscando sobreviver, ganhei proteção, perdi sorrisos.
E na ânsia de entender, deixei de sentir.
Sinto remorso por rever e relembrar das pessoas que poderia ter amado, e não amei.
A saudade dos amigos que não conheci, dói.
E os amigos que não me esforcei para manter, onde estão?
É da vida. Vida que segue!
***
Texto de 31 de dezembro de 2010.
Bianca Leilane
03 de janeiro de 2011 as 10:13
É…a amizade ´emesmo um “troço” estranho…rs…Não vivemos sem amigos, mas muitas vezes os afastamos de nós por atitudes ou palavras mal ditas, e em muitas situações nem são ditas por querer, porém, como diz o velho ditado, o peixe morre pela boca!
Mas é a vida, e o que passou, passou, o que importa agora é não dar chances para que os erros se repitam.
Bjs!