Com o passar dos anos, através da constante observação, cheguei a conclusão que uma das diferenças mais cruciais entre pessoas bem sucedidas e pessoas mal resolvidas, está no quanto elas são positivas ou negativas.

Parece papo místico sobre “pensamento positivo”, mas vai além. A positividade ultrapassa o limite do pensamento e se expressa em todo o nosso ser, através da palavra falada que é capaz de transformar todo o nosso padrão emocional e por consequência, corporal e ambiental.

E por pessoas bem sucedidas, não me refiro somente a quem alcançou o sucesso material, mas quem se sente bem consigo mesmo, independente dos bens materiais que pode ou não adquirir.

Pessoas bem resolvidas TENDEM a ser centradas, ativas, a reclamarem pouco e a reconhecerem o que têm de bom. Há uma postura de compreensão em relação ao que dá errado, de focar no lado bom da situação e de se calar em relação ao lado ruim dela. Tendem a ser gratas, educadas, gentis, suaves e pacientes. E percebo que tendem a focarem sua atenção para temas elevados e positivos.

Pessoas mais atrapalhadas na vida, TENDEM a ser dispersas, passivas, a reclamarem muito de tudo, e a ignorarem o que têm de bom, numa postura ingrata. Mantém uma postura de vitimismo em relação ao que deu errado, de focar no lado ruim da situação e de ficar falando e falando sem parar nele. Tendem a ser hostis e às vezes ríspidas, quando não, explosivas. E costumam focar a atenção para temas negativos e de mau gosto.

Eu me coloco num meio termo em relação a essas posturas, pendendo mais para o lado “atrapalhado”. E escrevo esse texto quase como um desabafo, porque há anos venho vivendo um processo de auto-melhora em relação aos assuntos apontados, e apesar das muitas vitórias, alguns pontos me tem sido praticamente impossíveis de superar, principalmente em relação à paciência e ao uso positivo do foco mental e das palavras.

Se houvesse um curso, HOJE, sobre como ser mais paciente, eu faria; Ser mais paciente no trânsito, com a burrice e a lerdeza alheia, com meus próprios limites. Como ser mais compreensivo com a realidade imperfeita que me cerca, como esperar menos dessa realidade, e das pessoas, e como me manter centrado mesmo quando parece que tudo vai ruir. Se tivesse, eu faria.

Outro curso que eu faria agora mesmo, se houvesse, seria como usar as palavras de modo positivo e construtivo: Como falar menos palavrões, como evitar ao máximo de reclamar, como evitar se referir a coisas, fatos e pessoas com termos negativos. Se tivesse, eu faria.

A palavra falada tem um poder incrível, muito ignorado por nós. E mesmo sem cursos que nos ensinem, aprender a usá-lo deveria ser uma questão de honra para todos nós que temos vivenciado algum padrão de insucesso pessoal.

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