Este texto é muito pessoal. É baseado em observações e crenças muito pessoais. Se você discorda do que está escrito abaixo, se considerar algum ponto (ou tudo) como bobagem, espero que compreenda minha intenção de compartilhar visões que podem sim, fazer algum sentido para quem mantém visões de mundo semelhantes, de caráter mais holístico.

Índice de Grandeza Pessoal

Entre 2008 e 2009, li muito sobre educação financeira (Veja minhas resenhas dos livros lidos: aqui  e aqui). Aprendi MUITO, e, de forma indireta, toda aquela leitura me ajudou muito a chegar numa situação atual bem favorável. Mas a essa altura do campeonato já não é mais necessariamente o mero – e talvez improvável – enriquecimento que me motiva a compartilhar o ponto de vista abaixo. E sim um real entendimento do porquê haver tantas diferenças entre o êxito financeiro das pessoas.

Partindo do pressuposto de que nós e tudo o que nos rodeia não seja resultado do mero acaso (há quem pense que é), o fato de alguns possuírem muito – sem muitas vezes terem feito por merecer – e outros possuírem pouco – também apesar de se esforçarem para tal, é uma observação/constatação atordoante. Por que duas pessoas trabalhando a mesma quantia de horas, uma ganha X e a outra ganha n vezes X ???

Outra situação: Por que nós, os cidadãos médios, nos sentiríamos enriquecidos caso formássemos uma quantia de um milhão de reais na conta bancária, e outro sujeito, um bilionário, se tiver a mesma quantia se sentiria um fracassado, ou no mínimo, quebrado? E por que é mais fácil um bilionário recuperar seus bilhões eventualmente perdidos, do que nós formarmos nosso primeiro milhãozinho???

Essas diferenças entre o nível de valor pessoal entre os indivíduos representado por suas riquezas se deve a quê? Estudo? Especialização? Experiência? Sorte? Senso de oportunidade? Quem sabe uma mistura disso tudo? Há várias teorias e receitas para se chegar lá, demonstradas em livros e mais livros, cada qual apontando um determinado fator principal que, após desenvolvido, o(a) levará à riqueza. M

as o que aprendi de mais importante lendo livros sobre riqueza é que não é lendo livros sobre riqueza que você vai enriquecer. Eles mostram o caminho, mas trilhar o caminho é um desafio para toda a vida.

SEJA GRANDE!

Será que há mesmo uma característica única, pessoal e íntima que define esses níveis de riqueza com as quais a pessoa lida?

Eu creio que há, sim!

E seria mais ou menos o que o autor T. Harv Eker, do livro Segredos da Mente Milionária chama de “o termostato do dinheiro”. Uns estão programados para lidar com centenas de Reais. Outros, com milhares. Outros ainda, com milhões. E por fim, indivíduos raros como Bill Gates ou Warren Buffet estão programados para lidar com bilhões.

Mas eu denominaria essa característica íntima que define o valor próprio e por consequência o valor transferido às próprias realizações e posses como GRANDEZA PESSOAL. Ou seja, quanto mais completo você for como ser humano, mais rico será.

Não uso o termo grandeza aqui como magnanimidade, bondade ou moralidade, pois tudo que muitos ricos não são é magnânimos. Uso o termo grandeza no sentido de força pessoal e completude. E para ser alguém completo (o que ainda assim é um termo relativo), terá que desenvolver várias habilidades e características pessoais que o(a) levarão ao êxito financeiro.

Então, embora eu tenha corrido atrás de um único fator que definisse o nível de riqueza de alguém, acabei percebendo que esse fator – que poderia ser chamado de índice de grandeza pessoal – pode ser considerado como um índice que soma todas as habilidades necessárias para se alcançar a riqueza. E elas são várias.

Embora não seja tão simples, ainda assim, é como se fosse uma receita. Para se chegar a um certo resultado – ser rico – deve-se obter e misturar toda uma variedade de ingredientes – características pessoais – em determinadas medidas e quantias e ainda dentro de certos processos e sequências. E tão óbvio quanto esta premissa, é a consequência dela – se algum ingrediente faltar, ou seja, se você faltar com alguma característica pessoal relacionada a riqueza, o resultado estará comprometido, ou seja, seu sonho de riqueza não será alcançado, ao menos não agora, ao menos não completamente, até que você, após intenso auto-aperfeiçoamento, desenvolva todas aquelas características que conduzem à riqueza.

Faça o objetivo de se tornar um milionário aquilo que fará você consegui-lo. Faça pelas habilidades que você terá que aprender e a pessoa que você se tornará. Faça pelo que você vai acabar aprendendo sobre o mercado financeiro, sobre gerenciamento do tempo e trabalho com pessoas. Faça pela habilidade em questionar a si mesmo. Pelo que você aprenderá sobre ser benevolente. Sendo tão agradável quanto sendo forte. O que você tem de aprender sobre a sociedade, negócios, governos e impostos e como se tornar uma pessoa completa para fazer valer o status de milionário é o que vale. Não o milhão de dólares. Earl Shoaff

A lei da atração

Quem conheceu minimamente a lei da atração (clique e veja vários textos sobre o tema), seja através do filme O Segredo, seja através de algumas passagens da Bíblia (Hebreus 11, Lucas 19 26, Lucas 8 18, Jó 22 28), sabe que cada um de nós tem em volta aquilo que tem espiritualmente. Isso explicaria as questões apontadas no início deste texto, a respeito do índice de grandeza pessoal de cada um, o qual definiria o nível de riqueza com a qual o sujeito estaria apto a lidar e por consequência, obter e manter, não? Sim, e isso mostra como a lei da atração tem sido divulgada de forma equivocada, pois me parece que ela não funciona com pensamentos, e sim com sentimentos e principalmente, com ações.

Eu creio sim que a lei da atração é uma lei (natural) do universo humano e funciona agora, a cada momento, para cada um. Mesmo que você não acredite nisso, sua vida JÁ É agora exatamente uma extensão/consequência de sua psique e mais, daquilo que você É intimamente. Mas minha bronca com filmes como O Segredo é o alarde de que podemos mudar nossa situação facilmente, através de pensamentos positivos, imagens positivas na parede e mesmo na imaginação, etc. Numa hipotética “teoria espiritual”, isso deveria funcionar, mas na prática não funciona, porque existe um algo mais.

O próprio livro O Segredo e outras correntes espirituais afirmam que não basta pensar positivo, é preciso “sentir positivo”. É preciso reagir positivo aos vários eventos negativos com os quais vamos nos deparando ao longo da vida, queiramos ou não. E esse me parece um dos grandes empecilhos que impedem que possamos alterar nossa realidade com a facilidade alardeada por algumas correntes espirituais new age.

Possível, é!

Mas não é tão fácil quanto pode parecer. E a ênfase aos pensamentos, em detrimento da ação, torna as pessoas passivas. Pensamentos não mudam nossa realidade por si, mas nossas ações mudam sim.

A lei da atração funciona menos com pensamentos e muito mais com posturas e ações. A ação é o melhor sintonizador espiritual com seus desejos. Quando você mentaliza um desejo, fica só na cabeça, mas quando você AGE, sintoniza mente, corpo e seu campo vibracional com o que você quer.

Já ouvi várias histórias pessoais de gente acostumada a meter a cara e fazer as coisas. Um ponto recorrente em todas essas histórias é aquela coincidência inesperada que botou todo o empreendimento (seja uma aquisição, uma construção, uma viagem, uma mudança de vida) para funcionar e se formar mais rapidamente. Ajudas inesperadas sempre fazem parte dessas histórias, mas nem todas são casuais (na verdade, creio que nenhuma é). Foi ali que entrou em ação a lei da atração, promovendo as circunstâncias adequadas para ajudar a levar a cabo a decisão inicial daquelas pessoas corajosas. A decisão inicial foi sim um pensamento, mas além dele, foi necessário vontade, coragem e ação.

Tem dúvida ainda? Então encontre uma pessoa realmente empreendedora e corajosa e pergunte à ela sobre sua trajetória. Além de você aprender muito, observará que ela não fez tudo sozinha, ao mesmo tempo em que tudo começou com ela. Ouça e confirme que a lei da atração tem muito mais a ver com DECISÃO e CORAGEM do que com pensamentos.

E coragem não se pensa.

O Placar Interno

Recentemente conclui a leitura do livro A Bola de Neve – Warren Buffett e o negócio da vida. A história do investidor é mesmo extraordinária na maioria dos aspectos (e absolutamente comum em alguns outros porque, apesar de seus bilhões, Buffett é tão humano quanto eu ou você). E dá para se tirar muitas lições desta leitura.

E a principal delas é que Warren mantinha consigo algo aprendido com seu pai, que chamavam de “Placar interno”. Este “placar interno” poderia ser explicado como ser fiel a si mesmo, independentemente do cenário ao redor. Esse conceito foi a razão de Buffett ter saído do mercado financeiro em fins da década de 60, crendo que estava supervalorizado – e tendo acertado – voltou ao mercado posteriormente após forte queda dos valores recomprando tudo a um preço muito mais barato.

Também foi o conceito de Placar Interno o mesmo que fez com que Buffett não investisse nem um centavo nas ações de empresas de tecnologia por volta de 1999, a despeito de se referirem a ele como caduco, defasado, de ter perdido a onda, etc. O que aconteceu depois, com a queda brusca do valor das ações de tecnologia – o conceituou como o maior investidor financeiro que já existiu.

Um forte juízo de si mesmo

As coisas começaram a fazer algum sentido para mim depois que eu encontrei este conceito, num texto chamado Psicologia do Dinheiro, que anda por aí na web e que publiquei neste site:

Ter um forte juízo interno de si mesmo é que é verdadeiramente importante.

Encontrar esta frase foi como o fim de uma longa busca. Tudo começou a fazer sentido desde então. Um juízo forte e positivo de si mesmo é um nível de consciência muito fortalecido, de onde surgem muitas das várias características pessoais que vão elevar o nível de grandeza pessoal de alguém, sobre o qual comentei nos primeiros parágrafos deste texto. Uma dessas características é a capacidade de acreditar em si mesmo, mesmo apesar de todos os outros não acreditarem, como fez Warren Buffet ao seguir o seu “placar interno” religiosamente, durante toda a vida.

A diferença entre o persistente e o teimoso é que o teimoso não sabe por que insiste. Buffet sabia muito bem porque insistia em sua posição. Estudara a vida inteira aquele assunto. Ninguém era mais expert que ele em investimentos financeiros.

Fui então juntando alguns pontos dessa rede de estudo e idéias com as quais entrei em contato através dessas últimas leituras. Dentre os quais, um livro muito bom, já resenhado aqui, chamado A Mágica de Pensar Grande. Seu conteúdo é excelente. É realmente um clássico desse tipo de literatura. Mas o conteúdo do livro vai muito além do título. O autor não propõe apenas uma série de pensamentos recomendados. Ele propõe uma série de COMPORTAMENTOS recomendados. Ou seja, a mágica não está em pensar grande, a magia está em SER GRANDE.

Percebi que as orientações de COMPORTAMENTOS recomendados no livro são perfeitas para fortalecermos esse tal “juízo interno de si mesmo” e promover o crescimento do que chamo de índice de grandeza pessoal. Veja algumas sugestões presentes no livro:

– Se vestir bem, cuidando da aparência.

– Se instruir constantemente, com leituras, palestras, cursos, etc.

– Poupando a si mesmo de situações destrutivas ou arriscadas.

– Desenvolver-se profissionalmente até alcançar a excelência, assumindo responsabilidades.

– Procurando sempre mais independência e autonomia.

– Aceitando e vencendo desafios, fortalecendo a coragem.

Não fazem todo o sentido como características pessoais de gente grande e rica?

Consciência

Então, o que realmente define se uma pessoa será rica ou não?

Ser Grande!

Tendo por esse conceito a manifestação em nossa rotina de todas as características e peculiaridades inerentes a todos aqueles que são considerados GRANDES INDIVÍDUOS. Me refiro aqui ao termo GRANDEZA não no sentido de magnanimidade, e sim no sentido de firmeza, completude e força interior.

Se voltar em suas memórias e observar o que é que faz alguém rico e próspero, independente da sorte, bondade, senso de oportunidade, trabalho, especialização, visão de mundo, etc, verá que é justamente todas essas características reunidas em uma única pessoa, como consequência daquele “forte juízo interno de si mesmo” sugerido acima.

SER GRANDE envolve características íntimas e pessoais como:

– Se sentir CENTRADO, SEGURO, FIRME, CONFIANTE, FORTALECIDO, ABSOLUTAMENTE CERTO DE SUAS INTENÇÕES!

– E estar disposto e seguro o suficiente para enfrentar e combater outras pessoas que por ventura se entreponham em seu caminho (combater no sentido intelectual ou jurídico, nunca no sentido da integridade moral ou física). Neste ponto você já superou a necessidade de aprovação pelos outros, postura típica de mentes muito delicadas e frágeis.

– Ter forte presença de espírito no sentido de se combinar a calma com rapidez de pensamento (esperteza) em situações de pressão;

– Perceba que acontece de algumas pessoas enriquecerem à medida em que a idade vai avançando. Não seria a experiência obtida com a idade um fortalecimento do indivíduo, da consciência e da confiança dele?

– O Placar Interno de Buffett lhe confere aquela solidez espiritual que só um ser realmente grandioso consegue manifestar.

– O livro A Mágica de Pensar Grande estaria, sob o sentido que aqui quero passar, com o título equivocado. Em relação ao seu conteúdo e mensagem, o livro se sairia como um ótimo “guia para ser grande” e poderia se chamar A Mágica de Ser Grande. Se você observar as sugestões do livro, todas giram em torno do tema da QUALIDADE. Consumir itens de qualidade, praticar atividades de qualidade, para se tornar um SER de qualidade.

– A lei da atração se manifesta naturalmente através de abundância para essas pessoas porque a pessoa JÁ É positiva naturalmente, sem a necessidade de pensamentos positivos forçados ou concentrações para “sentir positivo” forçadamente. O indivíduo já “sente positivamente” naturalmente, devido à sua formação espiritual já certamente de longa data e experiência (muito provavelmente iniciada em suas vidas pregressas). Certamente este seria um ponto de vista razoável (dentro da visão de mundo na qual você leva em conta a lei da atração) para explicar o conhecido ditado que diz que “dinheiro faz dinheiro”.

– A riqueza independe se a pessoa é “boa” ou “má”, justamente devido a relatividade inerente a esses conceitos. O bom e o mau dependem certamente do ponto de vista e a lei da atração é amoral. Giacomo Leopardi certamente percebeu isso quando disse: “Entendo por inocente não aquele que é incapaz de pecar, mas o que peca sem remorsos”. Um ponto de vista polêmico sem dúvida, mas que descreve as injustiças do mundo com seus “culpados soltos” e seus “inocentes presos” com uma precisão considerável.

– É através da consciência de nossa capacidade criativa, das habilidades em todos os sentidos e a coragem de liberar nossa força interior, que a saúde mental e física surgem, gerando a abundância, inclusive financeira. Ter um forte juízo interno de si mesmo, poderia, em muito aspectos, ser “traduzido” como ter uma forte “consciência” de tudo que envolve nosso SER.

– Aquele que acreditar no seu potencial e desenvolver seus talentos terá a liberdade e a prosperidade como aliados, saindo do padrão de escassez que gera medo e submissão.

– Ser Grande para criar uma consciência de prosperidade é VIVER intensamente.

Conclusão

Embora os parágrafos acima estejam um tanto confusos, o que me deixa particularmente contente com essas conclusões, é que além de elas fazerem muito sentido, ao menos em relação ao que pode ser observado, e eu realmente lhe convido a observar essas constatações, é que eu não estou lhe prometendo nada.

Não prometo que com meros pensamentos positivos, ou tentando se sentir bem ignorando as pressões em volta, você encontrará seu eldorado. Sob meu ponto de vista, não prometo que você vai ficar rico nem mesmo se você partir pra luta e agir de todas as formas possíveis para alcançar seu intento, por décadas seguidas. Porque se lhe faltar uma única característica de modo que lhe seja reduzida a possibilidade de SER GRANDE, a riqueza verdadeira não chegará perto de você, ou, inversamente, você não conseguirá chegar perto dela.

A riqueza gosta de pessoas GRANDES e COMPLETAS.

Mas você pode sim, buscar seu desenvolvimento pessoal como forma de engrandecer-se interiormente, para então sim alcançar a riqueza. Tenho certeza, só fará isso caso tudo que foi escrito até agora lhe faça um mínimo de sentido. E essa é sim, minha maior ambição, no momento.

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