Tenho “tentado” prestar mais atenção ultimamente ao discurso dos três (principais) presidenciáveis, e meu desgosto aumenta a cada palavra expressada por qualquer um dos três. Tenho visto apenas despreparo, traduzidos através de demagogia, clichês e frases velhas lutando para mostrarem-se novas! Dizer que o Brasil precisa de mais saúde, educação e segurança, convenhamos, não é novidade.

Leio textos defendendo a candidata do governo – Dilma Roussef – e daqui a pouco leio textos de outros defendendo o candidato da oposição – José Serra – ambos acusando-se mutuamente de “desastre” e a verdade é que ambos são candidatos sem qualquer graça, sem qualquer carisma, sem qualquer eloquência. Já que é pra mentir, então que façam direito, no melhor estilo “me engana que eu gosto”, mas nem esse talento apresentam. Enfim, vejo gente inteligente defendendo um candidato e desqualificando o outro, como se fossem opções perfeitas e ideais para “salvar” o Brasil de suas mazelas. Parece que nessas horas, na hora da torcida, até no mais lúcido comentarista bate uma certa cegueira que o faz parecer crédulo e ridículo.

Também leio alguns analistas dizendo que nunca houve um governo como o governo Lula. Daqui a pouco leio outros dizendo que o Brasil poderia ter avançado muito mais do que avançou nos últimos anos. E a verdade é que ganhe quem ganhar essas eleições, governarão de forma “maisomeno”, fazendo o que puderem, deixando para o próximo governo o que prometeram e não cumpriram. Ou existe candidato perfeito? Ou ideal que seja? Não né…

E mediante tal conclusão, relembro antigas constatações de que política é assim mesmo. Política não muda. Nem acredito que os três presidenciáveis gostem de dizer o que dizem. Mas precisam aparecer, precisam se mostrar, e precisam ser conhecidos por quem os colocará no poder – o povo – e para o povo, não adianta dizer nada muito expressivo ou complicado, não entenderiam.