Minha alma antiga,
mais que retrô
por vezes antiquada,
por muito pouco,
retrógrada.

Que acredita sofrendo
no amor mentiroso
E na gentileza,
que gera mais
incerteza

Que se vê perdida
nesta nostalgia
porque não vê graça
e nem moradia
por esses dias

Que se lambuza
nesses acordes melodiosos
Ora melancólicos
ora alegres, sempre
deliciosos

Que se pergunta
Onde está a classe, o estilo
A graça e a elegância
A vida e o sentido
Com que eu visto

Minha alma desnuda
por ti despida
por nós, nostálgica
Mais que retrô
Desbotada
da tua cor

/ Ronaud Pereira /