De um ponto de vista mais pessimista, o sexo é um suborno que a natureza nos promete para nos forçar a nos mantermos em relacionamentos para, como espécie, nos reproduzirmos.

A isca que chama pra arapuca.

Relacionamentos nos exigem esforço sobre-humano: A mobilização de gastos e riscos para a conquista; o desgaste emocional resultante das rejeições e incertezas; quando a conquista se sucede, daí vem o compromisso, o ciúme, a insegurança proveniente da iminência de um abandono e, para reduzir esta possibilidade, vem o casamento, a responsabilidade, trabalhando 10 horas por dia em algo que você nem sempre suporta para manter gastos com carro, casa, filhos, viagens etc.

Um relacionamento pode ser tão pesado, que alguns não aguentam e entram em colapso emocional a certa altura da vida, mergulhando na amargura, depressão, drogas e remédios.

O casamento é visto por alguns pensadores como uma instituição criada para ter sexo garantido, vulgarmente entendido como “sexo grátis”. Porém hoje uma visão mais pragmática entenderá que, devido aos compromissos, responsabilidades e riscos assumidos, o sexo grátis acaba sendo mais caro do que o o sexo pago.

Casamento é o método mais caro de conseguir sexo de graça.  Arthur Schopenhauer

Casamento é a única prisão, onde o preso é solto por mal comportamento. Autor desconhecido

Mesmo o sexo sem compromisso dá um trabalho desgraçado pra conseguir; exige certo comprometimento 🙂 Ora, a prostituição, obviamente, tem seu preço e, como todo “produto”, quanto melhor, mais caro. Já a conquista fortuita nos bares e boates também não sai barata.

A noite pode ser uma criança mas, como toda criança, dá uma certa despesa. Conseguir sexo fácil na noite não é exatamente uma tarefa fácil, e muito menos democrática; é tarefa mais acessível para os agraciados pelos deuses da beleza e da boa conversa. Para o restante dos pobres mortais, há gastos, riscos, fracassos, decepções e a certeza da solidão.

Quando não, é sempre a qualidade compensada pela “quantidade”, se é que esta palavra se adéqua ao caso.

Enfim, o desgaste físico e emocional da manutenção do relacionamento – nos âmbitos material e emocional – é tanto, que quem tem noção e um mínimo de auto-suficiência, prefere ficar sozinho.

“Melhor sozinho do que mal acompanhado.”

Mas é só um ponto de vista pessimista 🙂

Não, não, não! Não vale a pena.

Não, não, não! Não vale a pena.