Mais um interessante trecho d‘ O Livro do Amor, de Regina Navarro Lins, aparentemente a ser lançado em 2012, retirado daqui:
Início do cristianismo > Para os padres da Igreja o sexo era abominável. Argumentavam que a mulher (como um todo) e o homem (da cintura para baixo) eram criações do demônio. O sexo era “uma experiência da serpente” e o casamento “um sistema de vida repugnante e poluído”.
(São) Paulo (século I) e vários outros pensadores cristãos deixaram as mais duradouras impressões em todas as ideias cristãs subsequentes sobre a repulsa ao sexo. A Igreja desenvolveu horror aos prazeres do corpo, e as pessoas que se abstinham e optavam pelo celibato eram consideradas superiores. Mateus disse: “homens se farão eunucos voluntários”. O casamento de José e Maria, que será durante muito tempo o ideal do casamento cristão, é um casamento sem relações carnais.
Incrível como umas poucas mentes desequilibradas e paranóicas passam de repente a influenciar todo o mundo ocidental por 2000 anos. De onde, de que jeito, fundamentados em quê, esse povo chegou a cogitar a ideia de que conseguiriam fazer as pessoas abolirem o sexo de suas vidas? E o “ide e multiplicai-vos”, como ficava?
Aliás, nessa tarefa de ir e multiplicar-se, os orientais – que tiveram pouquíssimo contato com o cristianismo – foram, de forma geral, muito mais bem sucedidos. Vide as superpopulações chinesas, indianas e japonesas…
Será que tem a ver?
Pedro Barbosa
22 de agosto de 2011 as 23:26
Discordo em genero e grau das observações acima. Concordo com o ponto de vista sobre as ações da igreja católica quanto ao celibato e a visão do sexo na éra medieval.
Como pressuposto teológico Deus instituiu o casamento e o sexo para a satisfação fisica e como reprodução Gen. 2;24. Em Proverbios 18;22 diz que, quem encontra uma esposa, excelente coisa encontrou e recebe o favor de Deus. Em 1º Timoteo5;14, diz que,…as mais novas se casem e tenham filhos, em 1º Timoteo 3;12 diz que os lideres da igreja, (padres, pastores, diaconos, bispos), sejam maridos de uma só esposa e que governe bem a sua casa. Paulo não proibiu o casamento, pelo contrário ele incentivou, apenas uma vez, ele aconselha as viuvas e solteiros a permanecerem como ele ou seja solteiro, caso não suportarem viver sem um companheiro, então é melhor casar do que abrazar (desejo sexual), ou seja fazer sexo dentro do casamento. Em 1º Corintios 7, Paulo dedicou este capitulo inteiro sobre o assunto sexo/casamento. No verciculo 5 ele fala que o casal não deve deixar de ter relação sexual por muito tempo, porque a relação afetiva pode esfriar e afastar o casal, ou seja, casamento sem sexo é problema certo. O que Deus abomina é o sexo fora do casamento. Concluindo, sexo(muito), filhos bem criados, esposa fiel, marido zeloso e fiel e familia é tudo de bom e aprovado por Deus.
Pedro Barbosa
ronaud
22 de agosto de 2011 as 23:49
Olá Pedro, obrigado por seu comentário.
Realmente, se adotarmos a Bíblia como critério, você estará correto e eu e as autoras que citei, errados.
Porém nenhuma das autoras e tampouco eu utilizamos a Bíblia como critério para se avaliar o que a Igreja fez no passado.
Entendo que para religiosos cristãos, a Bíblia “foi escrita por Deus” e representa um sistema moral definitivo e universal.
Porém para mim e para quaisquer pesquisadores, a Bíblia é um livro religioso, belo e importante sim, porém foi escrito por homens e representa a moral de UMA época e de UM povo.
Espero que entenda essas diferenças, isto é, que dependendo dos critérios utilizados, os juízos mudam completamente.
E obrigado por seu comentário, mesmo!!!
Saudações!
Rosemille Alencar
27 de setembro de 2019 as 23:07
Que beleza o texto merecendo destaque tambem na leveza dos comentários ! Ronaud amei