A necessidade de aparecer das pessoas é uma lástima, né? Quando essa necessidade se junta a uma certa inocência, ou ingenuidade, isto é, a uma crença meio bobinha em contos-de-fadas e que se está vivendo um contos-de-fadas na realidade, e que essa aura de magia pode durar para sempre 🙂 a coisa dá vergonha 🙂

O romantismo é um negócio legal, bonito e gostoso de viver e tal, mas tem que ser DISCRETO.

O seu romantismo na verdade só interessa e faz bem ao ser amado.

Quando você começa a escancarar seu romantismo pra fora da relação, a única coisa que vai conseguir é parecer brega, bobinho e provocar vergonha alheia.

Tem coisas que não são feitas pra se mostrar, são feitas pra se guardar a dois, como um tesouro.

O futuro ninguém conhece

Porque no futuro, quando as coisas eventualmente darem errado, as consequências serão bem menores, afinal, era tudo segredo, ninguém sabia de nada, ou muito pouco. Se houver dor, você vai curti-la sozinho(a), até passar, e não terá que se preocupar com um problema a mais que é a falação do povo.

A comemoração do casamento

Meu pensamento foge do convencional em muitos assuntos. Um deles é o casamento, mais especificamente, a tal comemoração do casamento. Já fui em alguns e não nego que são eventos lindíssimos.

Porém acho muito complicado comemorar algo que está começando. Isso não é comemoração, é inauguração. Pois normalmente comemoramos algo que já completou determinado tempo de existência. É mais razoável comemorar a permanência (do casamento) do que seu começo. Alguns começos (casamentos) bem que poderiam ser lamentados 🙂

Eu acho que um relacionamento amoroso é algo tão íntimo, que NINGUÉM deve saber o que se passa nele. No caso da festa de casamento, não sei porque os noivos se permitem tamanha exposição de suas decisões íntimas. Se eu me aproximo ou me afasto de alguém, isso é meu. Se decido morar com alguém, isso é meu. NINGUÉM tem que saber.

Então de repente encontro essa frase do gênio concordando comigo e me sinto menos sozinho nessa postura unconventional:

O casamento de amor devia ter o sigilo do adultério. Nada de proclamas. Ninguém devia saber, jamais.
Nelson Rodrigues