Ontem eu e a esposa fomos almoçar num restaurantezinho bem caseiro e BARATO o qual costumamos frequentar quando a preguiça de preparar o almoço é maior do que a fome 🙂

Num dado momento uma menininha de uns 6 ou 7 anos de idade me chamou a atenção. Ela dançava sozinha ao lado da mesa onde os pais almoçavam. Sem música, sem coreografia, sem vergonha… Apenas se mexia com os olhos fechados.

Ora meio desengonçada, ora como se estivesse se apresentando para dezenas de pessoas, ela fazia o showzinho dela sem sequer se preocupar em ter espectadores.

Naquele instante, ela apenas expressava tudo que sentia que vinha de dentro de si.

Não estava ABSOLUTAMENTE se importando com o que os outros pudessem pensar.

Imediatamente eu imaginei um adulto fazendo o mesmo que ela. Já imaginou se de repente logo após o almoço você sentisse uma vontade incontrolável de se mexer e ficasse de pé ao lado da sua mesa se mexendo desordenadamente, ao sabor de seus impulsos?

Esquisito, não? A primeira coisa que pensamos é: “Os OUTROS iriam pensar que eu sou louco(a)”.

Pois é, os outros… Mais uma vez os outros ditando o que devemos e o que não devemos, o que é razoável e o que não é sensato fazer. Sim, eu seria o primeiro a dizer que você é louco(a). Acho que se fosse o pai dela, seria o primeiro a dizer: “Senta e sossega, menina”.

Que ruim pra mim 🙁

Não é à toa que muitos e muitos adultos vivem uma vida infeliz. Somos muito mais limitados do que podemos imaginar.

Acho que se queremos ser felizes, deveríamos observar e consultar as crianças.

Antes que nós mesmos apaguemos essa chama da espontaneidade que brilha intensamente em todas elas.

Todas as crianças nascem artistas, mas a dificuldade está em continuar a sê-lo quando crescem. Pablo Picasso

Aproveitando o tema, sugiro o vídeo abaixo, já bastante conhecido porém pouco praticado. Nele Ken Robinson explica como as escolas matam a criatividade das crianças (Altere a legenda para Português em Subtitles ou Languages):