A verdade e a falsidade

A verdade e a falsidade *

Proibições e Obrigações são um grande faz-de-conta.

Sonegar é proibido, mas ninguém que queira deixa de sonegar.

Drogas são proibidas, e ninguém que queira deixa de usar.

Aborto é proibido, e ninguém que queira deixa de abortar.

Matar é proibido, mas ninguém que queira deixa de matar.

Só os mais fracos são punidos, os mais fortes riem do teatro das punições exemplares do alto de seus camarotes.

À luz do dia uns se convencem que proíbem, e outros fingem que obedecem.

Mas o mundo real acontece na clandestinidade…

…por causa dos fiscais do vício alheio.

Os quais muito provavelmente têm também seus próprios vícios morais… clandestinos.

A solução?

A “legalização” envolvendo temas como aborto ou drogas é uma cortina que oculta o verdadeiro problema:

Abortos, drogas, assassinatos acontecem independente de serem criminalizados.

É a grande ilusão socialista de que o Estado, através do instrumento das leis, têm o poder de consertar o mundo.

Para que as pessoas não abortem, para que não se droguem ou para que não matem, somente uma ampla conscientização, amplo apoio emocional e apoio financeiro mínimo.

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  • Imagem – Escultura A verdade e a Falsidade – 1857-66 – Alfred Stevens (1817-75) – Londres – Gesso.

    Nesta obra, A Verdade arranca a língua dupla da Falsidade e afasta a máscara que esconde suas feições grotescas. Suas caudas de serpente estão expostas sob a cortina.