Dias atrás me deparei uma frase que me fez refletir bastante:

Um homem que não mente para uma mulher tem muito pouca consideração pelos sentimentos dela. Olin Miller

O tema, como se observa, é o do respeito aos sentimentos alheios. A frase bem humorada trata de considerarmos as expectativas do outro a nosso respeito e… de representarmos o papel que esperam que representemos; ou que, inocente ou ingenuamente nos comprometemos em manter. E talvez nem tenhamos nos comprometido com nada. O outro simplesmente nos conheceu com nossos jeitos e sabe-se lá por quê, espera que permaneçamos do mesmo jeito para sempre. Mas… oi??? As pessoas mudam! Por que eu devo agir de determinada maneira PELO RESTO DE MINHA VIDA? Não conseguiria nem se quisesse.

A frase citada ainda toca na questão da mentira. O indivíduo que disse que mentir era pecado devia estar delirando. Mentir é uma questão de sobrevivência, física, mental, social, espiritual, 😉 Mentirinhas, mentiras brancas, mentiras sinceras (™ Cazuza) interessam a todos nós.

Me engana que eu gosto

Tenho percebido que eu considero demais os sentimentos alheios, a ponto de me sacrificar para não magoar o outro. Mas até onde isso leva? Até onde é certo? Até onde os outros merecem essa consideração toda em detrimento da consideração por meu próprio bem estar emocional?

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Vale a pena proteger os sentimentos alheios sacrificando nosso tempo de vida, e principalmente nossa juventude, sustentando mentiras? Quem tem vocação pra santo? Respeitar os sentimentos alheios (demais) é uma virtude mesmo? Ou é ser bobo?

Pois é, eu não sei.

Porque podemos quebrar a cara, e de forma besta; porque a maioria das pessoas esquece de tudo, menos de serem ingratas. Seja correto durante toda a vida e falhe no último momento: Será condenado pelo erro e terá todos os seus acertos esquecidos. Quando esperarmos que retribuam “tudo que fizemos e tudo que sacrificamos por eles”, podem já estar entojadas de nós e… tocarem o “tô nem aí“.

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