Nas discussões sobre poder de compra, tem uma turma bastante pessimista, que vive repetindo que o poder de compra do brasileiro diminuiu ao longo das três décadas de existência do Real.
É uma afirmação de difícil confirmação. Da minha parte, e parte de mera crença, sou mais propenso a crer que diminuiu do que tenha aumentado.
Entretanto, nessa discussão, ignora-se um fato plenamente comprovável:
O fato de que hoje consumimos como “item essencial” pelo menos uma dezena de produtos e serviços que sequer existiam em 1994, quando o Plano Real foi lançado, o que certamente diminuiu nosso poder de compra, caso a hipótese da renda média das pessoas ter continuado a mesma de lá pra cá pudesse ser comprovada.
Abaixo trago um exemplo desses itens. Foi o que me veio à cabeça. Certamente há muitos outros:
- Internet
- Modens e roteadores para internet
- Computadores, Notebooks e seus muitos acessórios
- Celulares e acessórios
- Manutenções dos computadores, notebooks e celulares
- Plano de Operadora de Celular
- TVs LCDs gigantes e caríssimas de pouca durabilidade
- 2 ou mais streamings
- Ifood
- Pizza
- Estacionamento
- Pedágio
- Ração para Pets (e o próprio termo “pet”)
- Acessórios para Pets
- Cuidados veterinários para Pets
- Decoração de Aniversários e outros Eventos
Quando eu era criança, na década de 80, meu pai, que era a única fonte de renda da casa, jamais gastou qualquer Cruzado ou Cruzeiro da época com estas coisas, porque elas simplesmente não existiam.
Esta mensagem não se pretende conclusiva, e sim, um ponto para reflexão sobre o poder de compra do brasileiro.
A mim, diz que se hoje as coisas estão mais difíceis, ao menos em parte é porque não conseguimos comprar certos itens que são mais acessórios do que essenciais.
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