Em novembro de 2010 O Globo publicou duas matérias a respeito da educação no Brasil – aqui e aqui. São dois artigos relatando as dificuldades que passam aqueles que fazem a educação acontecer no dia-a-dia. Porém o que mais me chamou a atenção foram os vários e vários comentários que as matérias receberam, muitos dos próprios professores que relatavam cada qual o seu próprio ponto de vista a respeito da situação. Uns mais práticos, procurando caminhos alternativos, outros mais idealistas se sentindo vítimas do descaso do governo, etc.

Achei que valia a pena fazer uma compilação dos comentários mais significativos. Acho que ninguém melhor do que os próprios professores para expressar com precisão o estado geral da educação no Brasil.

Certamente o material abaixo não interessa ao leitor, a leitora constante deste site. Porém pode ser útil para pesquisas sobre a educação brasileira bem como para, repito, conhecermos melhor o que se passa nas salas de aula e na vida de quem deveria ter condições de fazer delas lugares de propagação do conhecimento e não encontram condições para tal.

De modo geral percebe-se nos comentários que se está tratando da educação no  Rio de Janeiro em especial, no entanto, me parece que a situação não é muito diferente no restante do país.

Berllinha
20/11/2010 – 23h 34m
Um dos fatores que também desestimula a escolha é a falta de respeito dos alunos com os professores, que além de tudo, precisam educar os alunos no sentido mais amplo da palavra, coisa que os pais deixaram de fazer faz tempo!

***

Lídia Mesquita – email
21/11/2010 – 07h 44m
Saudações! Essa é a minha praia. Concordo com todos os comentários e acrescento: a política é que manda, altas verbas, se não existe um governo voltado pra educação, nós malhamos em ferro frio. A educação não dá voto, isso atrapalha e como o pessoal só quer se dar bem, que se dane a educação, essa é a verdade. Da mesma forma esgoto, ninguém faz nada, só falam, é vala negra pra tudo o que é lado. Vamos pensar numa outra forma de melhorar a educação pois desse jeito, só vai piorar e ninguém faz nada

***

MPVelloso
21/11/2010 – 15h 20m
Além do salário e do número excessivo de carga de aula, o prof. universitário de escolas particulares encontram problemas mais sérios, muito mais sérios.
Alunos que assumem que os prof. são seus contratados e reitorias assinando em baixo que o cliente tem sempre razão.
Não é por aí. Prof. é contratado pela universidade, não é aluno quem assina sua carteira.
O PROUNI colocou alunos sem condições nas universidades. As salas hoje estão entupida de pessoas, não de alunos.

***

ABOMAG
21/11/2010 – 15h 43m
A re-valorizaçao da profissao docente é fundamental. Passos a seguir:
1. Salário alto, digno da profissao que forma o futuro de um país.
2. Promover o ingresso de jovens de alta qualidade humana nas licenciaturas e pedagogias.
3. Formá-los de modo esmerado e exigente.
4. Renovar a disciplina nos colégios. Está provado que o liberalismo extremo transformou os professores em palhaços, que devem fazer de tudo para atrair a atençao dos “pobres aluninhos”.

***

Ricardo_NYC – email
21/11/2010 – 18h 56m
Estou fora do Brasil ha 10 anos e penso em voltar ano que vem, na minha época R$ 4 mil por mês era um salario maravilhoso e agora?
Todo mundo fala que o Brasil melhorou com o Governo Lula e R$ 4 mil por mês é salario baixo?
Gostaria que alguem me explicasse. Vejo a profissão de professor perfeita pra mim: Férias no verão, não trabalha sabado, domingo, feriados e etc.
10 anos trabalhando em restaurantes não sei mais o que é domingo ou passar o feriado com a familia…

***

Alberto Francisco do Carmo
21/11/2010 – 22h 41m
Bom,como o esquartejador, vou por partes. Primeiro algo p/ o Ricardo NYC.Ricardo,a vida melhorou sim.Em termos de comida,está barato, SE VOCÊ SOUBER COZINHAR,melhor ainda.Mas quanto a professor,não se iluda.Alunos indisciplinados,escolas corruptas,aula até não poder mais,noites em claro corrigindo provas(várias avaliações) e a “obrigação”de inventar notas p/alunos vadios e cínicos.Volte, mas pense em outra coisa para ganhar $$$.As férias são ilusão.Estudos p/preparar aula do ano seguinte,etc.
Este comentário é ofensivo ou inapropriado? Denuncie aqui

***

Alberto Francisco do Carmo
21/11/2010 – 22h 41m
Bom agora,é para o ABOMAG.Suas colocaçõpes são muito boas.Mas há um item 5:CRIAR UM CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL.Não o temos.Falei isto de 1982 a 1996 e todo mundo caiu fora.Só um código de ética blindará o professor contra a venalização compulsória e o assédio moral constantes.Salários altos? Há casos em que eles o são.Mas o professor é obrigado a engolir não um sapo,mas um brejo inteiro.Tem de se contentar em virar falsificador de notas,aturar humilhações de alunos,pais,diretores e… colegas.

***

José Otomano
22/11/2010 – 06h 43m
Ricardo_NYC,

Po, não trabalha nas férias, fins de semana e feriados?

Tá de bobeira. Um professor pode acabar trabalhando bem mais fora de sala do q dentro.

É correção, preparar aula, se atualizar, tudo isso demanda um bom tempo fora de sala.

E nas férias dos ALUNOS, há várias reuniões na escola e trabalho de preparo para o reinicio das aulas.

Um professor ter 10 turmas de 40 alunos é não querer q a coisa funcione mesmo.

Cerca de 18 professores por DIA abandonam o estado…

***

Inocëncio
22/11/2010 – 10h 26m
Em país de analfabetos, o professor é artigo de segunda quiçá de terceira. Se investir em educação quem vai votar nos Lulas, Dilmas , Tiriricas, Cabrais, Sarneys etc.
Dizer que não trabalha nas férias, e feriados é coisa de gazeteiro. O professor tem que se manter atualizado, preparar aulas, supervisionar trabalhos orientar teses e dissertações, preparar e corrigir provas, escrever e publicar artigos, pesquisar e estudar sempre.

***

Getúlio Carvalho
22/11/2010 – 12h 02m
Educar permanece a mais alta prioridade… na Finlandia.

***

Erica Pianura
22/11/2010 – 14h 31m
Na verdade, o que desmotiva mais é o estresse diário; o trabalho árduo; a cobrança física e psicológica de pais, alunos, coordenadores e diretores que, muitas vezes, não são preparados para entender e apoiar aquele professor mais bem preparado.

EDUCAR EXIGE ESFORÇO E ENVOLVIMENTO DE TODOS!!! NUMA SOCIEDADE IMEDIATISTA COMO A ATUAL, diretores, cordenadores, pais, alunos e professores, muitas vezes, optam por um caminho mais fácil: “FINJA QUE EU ENSINO E VC FINGE QUE APRENDE”.

***

***

***

mnbvc
20/11/2010 – 23h 23m
Enquanto não acabar com a velha tradição de que o magistério é sacerdócio e portanto um sacrifício abnegado esse problema só tende a piorar.É uma profissão muito desgastante pelo contato permanente com grupos de pessoas em idade de formação.Os professores cançaram de revindicar, agora estão indo embora…não se admira que a cotação do Brasil em termos de educação esteja lá embaixo…Já é tempo de mudar!

***

mnbvc
20/11/2010 – 23h 26m
Vamos falar a verdade. A nossa elite tradicional está encastelada no Judiciário e há muito abandonou o magistério, logo…entenderam a defasagem salariam entre as categoriais?

***

Ana Paula da Silva Mogetti
21/11/2010 – 00h 06m
Enquanto o professor (com doutorado) ganhar tão pouco e o fiscal da Receita Federal (apenas graduado) receber um dinheirão, o Brasil não sai do buraco! É questão de prioridade!

***

ROBERTA FERREIRA
21/11/2010 – 00h 57m
Com o que um professor ganha, poucos hoje têm vontade de ingressar na carreira. Os jovens que hoje vão escolher uma profissão , escolhem carreiras com maior condição de atender ás demandas economicas mínimas de um cidadão. Além disso , que vai querer trabalhar em uma carreira que vem sendo cada vez mais esvaziada de sentido? Quem gostaria de lidar com crianças e jovens cada vez mais mal educados? Esta é a dura realidade de um professor, sobretudo aqueles de escolas públicas.

***

Aeris
21/11/2010 – 01h 09m
Ganhar miséria e apanhar? Não, obrigada.

***

Winston Smith
21/11/2010 – 02h 15m
Não bastassem os salários baixos, a violência nas escolas é cada vez maior. Assim, só para no magistério quem não consegue outra coisa, ou tem vocação pra mártir.

***

MARYHELÁSTICA
21/11/2010 – 09h 17m
ESTOU TORCENDO ARDENTEMENTE para que chegue o dia em que ninguém (mas ninguém mesmo) queira ser professor de qualquer coisa. Que as escolas fechem as portas definitivamente. Queria ver como fica!
Por quê? Sou totalmente contra esse Estatuto do Menor, que deu muita asa a esses mo+le=cões, que agridem professoras, pais e mães. Tem que voltar a palmatória para educá-los, bicho bravo tem q ser tratado “no mesmo tom”.

***

Manoel Messias Sobrinho
21/11/2010 – 09h 17m
Eu vou repetir o que já escrevi neste espaço. Um país que se nega a pagar um mísero PISO de R$ 950,00 para um professor trabalhar dois expedientes não pode ser considerado um país sério. A lei do PISO está emperrada há dois anos no STF sem perpectiva de ser decidido, mas quando foi pra decidir se era dois documentos utilizados na eleição, a questão foi decidida rapidamente. Não vejo nem a longo prazo que a situação de professor público vá ser resolvida. Não existe vontade política.Só demagogia.

***

Tutankhamon
21/11/2010 – 09h 47m
Isso é normal num país em que o presidente da república se orgulha de sua própria ignorância…

***

PeterRJ
21/11/2010 – 00h 55m
Até médico hoje tem que trabalhar em um monte de lugares para ter uma renda legal. A situação não está boa pra muita gente … Só está boa na propaganda do governo.

***

novak_sagaz
21/11/2010 – 12h 30m
50 anos atrás, a Coréia do Sul era um país pobre e insignificante. O que eles fizeram naquela época para se transformar na Coréia do Sul que nós conhecemos, da Samsung, Hyundai, LG, etc? Investiram maciçamente em EDUCAÇÃO BÁSICA!!! Infelizmente, esse é um investimento que só dá frutos após algumas décadas (como na Coréia do Sul), e portanto, não dá votos para os nossos políticos de reelegerem…

***

Rildo Ferreira dos Santos
21/11/2010 – 12h 36m
Mas não é a direita conservadora e essa imprensa porca que vive pregando corte nos gastos públicos? E a maioria dos comentaristas dO Globo não comunga com esse pensamento? Então, como melhorar o salário do professor/a se o Estado não pode aumentar custo? Que equação é essa onde se deseja ter serviço de boa qualidade, mas tem que enxugar a máquina pública? O nome disse é H I P O C R I S I A.

***

DeLima-RJ
21/11/2010 – 12h 40m
Sou professora do Estado. A questão não é só o baixo salário. Como alguém disse abaixo, úm médico do Estado tb tem que se virar em vários hospitais. O nível da Educação hj é mto ruim. O nível de aluno q não quer estudar, o nível de diretora que ainda está na didática de 1960, o nível de professor altamente apático e desmotivado, pessoas com menos conhecimento e formação q eu me dizendo o que fazer, a política perversa, enfim, baixo salário é apenas uma parte…

***

Digpxt
21/11/2010 – 12h 57m
Curso licenciatura em matemática mas não me arrependo de ter escolhido as salas de aula para trabalhar, mas os salários são realmente desanimadores. Não vou deixar de reivindicar, mas prefiro ir cursar um mestrado e doutorado para dar aulas em universidades e ganhar no meu estado (ES) 7vezes mais que um apenas graduado, do que ficar esperando a boa vontade do governo.

***

MCA55
21/11/2010 – 12h 59m
Os professores estão adoecendo no exercício do magistério. Da fibromialgia e esquizofrenia.
Graças a Deus a maioria desiste antes de se condenar ao martírio passando 30 e tantos anos de sua vida num pesadelo que hoje se chama sala de aula.

***

Joaquim Jerônimoda Silva Filho
21/11/2010 – 14h 13m
Toma-lhe. Todo povo tem o governo que merece. Num país onde o Presidente é praticamente analfabeto e elege como presidente uma ex-terrorista, vocês querem que educação seja prioridade. Um país que paga um salário de mais de vinte mil reais para um “conselheiro do Tribunal de Contas, e menos de mil para um professor, não vai ter educação nunca. Esta bola eu já havia cantado faz tempo de que os cursos de física, quimica, matemática e biologia não eram atrativo

Joaquim Jerônimoda Silva Filho
21/11/2010 – 14h 17m
Continuando o comentário. O PSDB, ainda que de maneira insatisfatória, tentou diminuir o gasto com a administração pública e criou políticas para a valorização dos profissionais da educação. O povo não quiz botou o PT no governo, aí a diferença de quem ganha mais na administração publica aumentou significamente. Para se ter uma idéia, um Auditor da Receita Federal, ganhava R% 5.300,00 em 03 e hoje o sal. é de R$ 13.900,00 mais de 150% de auento. E o sal do prof. aumentou neste percentual?

Joaquim Jerônimoda Silva Filho
21/11/2010 – 14h 20m
Continuando… o salário de outras carreiras tiveram um aumento absrdo que se concretizaram agora em 2010, estratégia petista para ganhar o voto dos servidores públicos mais bem remunerados. Ou seja, confirmando o que disse no início, TODO POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE. Não há política de valorização da educação neste país. Por isso, me formei em Direito e estou estudando para ser Juiz, embora gostaria muito de ser professor, mas ninguem vive só de amor….

***

TECKEL
21/11/2010 – 20h 28m
PAÍSES COMANDADOS POR COMUNISTAS SÃO ASSIM: SEMPRE NA CONTRA-MÃO DA HISTÓRIA, ESPREZAM O ENSINO E ESPECIALIZAÇÃO EM CIENCIAS E TCNOLOGIA, ENFATIZANDO IDIOTICES COMO FILOSOFIA, SOCIOLOGIA E OUTRAS MATÉRIAS QUE NÃO LEVAM A NADA. ISSO ALÉM DE TRATAR O PROFESSORADO COMO INDIGENTES, PEDINTES, E PARA COMPLETAR, TIRANDO TODA SUA AUTORIDADE EM SALA DE AULA E NÃO DANDO GAANTIAS TÉCNICAS E DISCIPLINARES PARA QUE CUMPRAM SUAS FUNÇÕS, É POR ISSO, QUE O BRASIL NUNCA SERÁ NADA!

***

Gisele Benedicto dos Santos
21/11/2010 – 21h 05m
Ao menos aqui no RJ, 66% nãopodem reclamar! (Em relação à vitória de Sérgio Cabral)

***

Winston Smith
21/11/2010 – 21h 38m
Sugiro a todos que cobrem diretamente dos partidos com os quais simpatizam uma postura pró-educação, e esperem para ver o resultado. Ficar discutindo se fulano é comunista ou se sicrano quer vender até a mãe não tem nada a ver com o tema do debate, que é a educação. Vamos cobrar dos políticos que foram eleitos mais ação nesse setor.

***

Rick de Paula
21/11/2010 – 23h 41m
Serginho paga pouco mais de 600 pratas para alguém com curso superior aturar 40, às vezes 50, problemáticos numa turma. É óbvio que quem puder largar não vai pensar duas vezes. Tive duas matrículas no estado e larguei por conta do salário e das péssimas condições de trabalho. PROFESSOR NÃO É SACERDOTE! SOMOS PROFISSIONAIS E QUEREMOS BOA REMUNERAÇÃO E CONDIÇÕES DIGNAS DE TRABALHO!

***

wan
22/11/2010 – 00h 55m
Tenho licenciatura e sou professor. Permanço lecionando porque resido em Goiás, Entorno, e trabalho no GDF, melhor salário nacional. Além disso tenho uma pequena empresa de análise química para complementar renda.
No GDF um professor ganha por volta de seis mil reais se tiver um título de mestre cumprindo uma carga horária satisfatória, onde quase metade dela é feito coordenando, ou seja preparando aula e documentação. Se fosse professor em Goiás, que não é dos piores, já teria abandonado.

wan
22/11/2010 – 00h 55m
Um professor do Ensino Médio em Goiás, que não é dos piores estados em termo de salário, ganha hoje por volta de 1900 reais se tiver especialização, formação continuada de 1080 horas e cumprir uma carga horária de 60 horas, ou seja, trabalhar em três turnos. Isso faz com que o professor leve trabalho para casa, como: correção de provas e diários. Vou confessar. Nunca preparei aula enquanto era professor em Goiás, pois só correção e diário te toma o final de semana. Isso é trabalho escravo.

***

ContraHipocrisia
22/11/2010 – 06h 29m
É mais também só reclamam da sobrecarga de trabalho na escola pública. Na particular se trabalha muito mais, não tem autoridade nenhuma (a não ser que fique contando piada), monte de provas para corrigir, diário para elaborar, o piso é uma merreca de cerca de 11 paus por hora/aula. Em algumas redes tem que se
trabalhar em mais de uma unidade. Vamos lutar pela escola pública com compromisso de ensinar a todos que ali estão. A conquista de melhores salarios passa por aí.

***

GRONSKY GRONOVSKY
22/11/2010 – 06h 57m
O fundo do poço já é realidade. Só maluco escolhe o magistério para viver (ou subviver).

***

carlos quintela
22/11/2010 – 07h 42m
Em toda esta história da desvalorização dos porofessores ainda existe uma agravante muito séria. Os bons saem em busca de melhores salários e condições de trabalho. Os que ficam na carreira e refiro-me não apenas ao ensino público, são os piores. Com isto a formação de nossas crianças está entregue ao que há de pior. São professores que não conhecem adequadamente as áreas que lecionam, gente sem formação ética para influenciar positivamente nossos jovens, viciados, enfim todo tipo de defeitos.

***

paraty47
22/11/2010 – 08h 31m
Para Carlos Quintela
Você é mais um que desconhece totalmente os quadros de professores atuais. São bons professores, abnegados, pontuaise e verdadeiros heróis da resistência. Os jovens é que não suportam as péssimas condições de trabalho e procuram outro rumo. O Rio de Janeiro deve agradecer aos atuais professores a continuidade do ensino. Sem eles a educação no Rio de Janeiro já tinha parado há muito tempo.

***

paraty47
22/11/2010 – 08h 34m
A falta de reconhecimento não é só com o magistério. A carreira de engenharia já não desperta interesse nos jovens de hoje. Quem se forma em Direito visa, principalmente, os concursos públicos. A única carreira prestigiada no Brasil é a dos politicos. Podem tudo e não prestam contas ninguém.

***

MARAMED
22/11/2010 – 09h 03m
Não, não, o problema começa com o governo que não valoriza o professor e continua na escola, onde a direção escolhida a dedo pelas secretárias de educação, não noção do que seja ensinar história. Tanto é que colocam os próprios alunos do 3 para ensinar os do 1 e 2. isso é o fim da educação. Para os diretores e coordenadores dessas escolas, O ensino de história passa de mera decoração de datas e personagens, um ensino, totalmente positivista. CALAMIDADE

***

Evanei Nogueira de sousa
22/11/2010 – 09h 09m
NINGUÉM TRABALHA POR AMOR. É CLARO QUE A MELHORIA NA EDUCAÇÃO COMEÇA COM A VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR. ENQUANTO TIVERMOS UNS SALÁRIOS DE MIGALHAS, OS QUE SE FORMAM NAS FACULDADES ESTÃO MIGRANDO PARA OS CONCURSOS DOS JUDICIÁRIOS QUE PAGAM MELHORES, OS MEDÍOCRES ESTÃO DANDO AULAS E GANHANDO MISSÉRIA E AINDA DIZEM QUE FAZEM POR AMOR E VOCAÇÃO.

***

jsa
22/11/2010 – 09h 24m
Basta ver quanto ganha um nivel técnico no Legislativo e Judiciário e comparar com o professor, que tem nível superior.

***

Moriarty
22/11/2010 – 10h 29m
Não é só os baixos salários. A irresponsável política que transformou a Escola em ‘depósito e crianças’, impedindo os Diretores de expulsar os marginais acaba sujeitando os professores a todo tipo de agressões. Quem quer sair de casa para ganhar pouco e ter que lidar com marginais ?

***

B612
22/11/2010 – 10h 41m
Estão todos(as) enganados(as). Não é o magistério que está em crise, mas a sociedade brasileira. Que fica esperando que apareça algum político salvador da pátria para atender seus interesses individuais: salários,educação,transporte, etc. Não se vais mais as ruas protestar. Sindicatos e associações tornaram-se tranpolim para projetos políticos pessoais.

***

R-I-P
22/11/2010 – 10h 57m
Além disso, o projeto de regulamentação de um piso mínimo, impõe uma carga horária de 40h! Sou professor de 16h, ou seja, dou 12 tempos por semana em sala de aula e mais 04 de planejamento e o meu vencimento é de R$ 1075,00 + R$ 375,00 de triênios. Aí alguns vão dizer que ganho muito bem porque trabalho apenas dois dias com turmas, mas se esquecem que o professor não trabalha apenas em sala de aula, tem de preparar aulas, ler, corrigir provas e trabalhos com turmas de cerca de 60 alunos (cont)

R-I-P
22/11/2010 – 11h 01m
Continuação.
Turmas com cerca de 60 alunos e sou obrigado a dar um mínimo de três avaliações por bimestre, além de manter os diários em dia. Então tenho de levar trabalho para casa para cumprir todas essas tarefas e não recebo hora extra por isso! Por isso meus colegas abandonam o magistério. Se continuo é porque tenho outro emprego na iniciativa privada, que garante meu sustendo. Ainda sou professor por respeito aos meus alunos e por uma ideologia de tentar construir um país melhor.

***

B612
22/11/2010 – 11h 01m
Brasil! 53% do eleitorado brasileiro é anlafabeto ou analfabeto útil, aquele que desenha o nome acreditando que está escrevendo. Que não sabe a diferença entre concerto e conserto. Alguém aí acha que Dilma vai mudar o que lula nem tentou mudar?

***

luiz claudio pinto
22/11/2010 – 12h 01m
E a tendência é piorar ainda mais .Professor no Brasil não é valorizado .Muitos não conseguem progredir nem fazer mestrados.A situação tende a piorar se algo não for feito.Conheço pessoas que iniciaram o curso de letras e depois trocaram de faculdade .Professores do estado , inclusive , estão sobrecarregados e alguns super estressados porque têm que repor brechas de falta de professor .

***

Alvaro Pereira de Souza
23/11/2010 – 08h 43m
Raríssimas são as atividades profissionais com a nobresa do Magistério. Tudo na vida começa e termina com a educação. Os governantes fazem alegações descabidas. Recursos financeiros existem sim, o descaso, é fruto da ignorância política e admnistrativa, há outros interesse envolvidos, governar um país de mestres e doutores é tarefa que poucos estão preparados. Uma nação desenvolvida é interesse da minoria.