Experiência própria. Minha adolescência foi atordoada. Como alguém pouco prático e com uma timidez excessiva, passava meus dias mais em casa do que na rua. Meus companheiros eram revistas e livros que vez ou outra apareciam em casa. Alguns eu mesmo comprava, escassamente, já que à época eram ainda a única fonte de informação concreta. Nem se cogitava algo como a internet.
Também passava muito em casa por desinteresse em relação ao que os outros faziam. Os rapazes da minha idade gostavam de futebol e gostavam de mancomunar coisas idiotas tais como ir em lojas, escolher, escolher e não levar nada só pra sacanear a vendedora. Eram atividades nas quais eu não via muita vantagem. Portanto, era mesmo em casa que ficava.
Era bom, quem tem uma vida interior rica se dá bem sozinho em muitos aspectos. Percebe coisas que os outros não percebem. Aprende a deduzir as coisas por si próprio sem depender do aval ou companhia dos outros. Mas há o lado ruim. É assim, como a única fonte de informação, genericamente, vem dos livros e da televisão, você passa a ver o mundo através de um ponto de vista alheio, quase sempre artificial, produzido sob pressão, e de modo muito pessoal por parte de quem escreve. E você começa a acreditar não só no ponto de vista dos outros, mas no que os outros “aumentam” para dar mais ênfase ao que estão dizendo, já que conteúdo de qualidade, no mundo, vide internet, continua escasso.
E então você passa a viver sob a ameaça do que dizem: O mundo está cada vez pior, a inflação cada vez maior, o desemprego subiu, os jovens não tem chance no mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Os mais velhos não tem chance num mercado de trabalho cada vez mais competitivo (os argumentos são os mesmos), num momento você ouve que “o tomate colabora no combate aos radicais livres e ajuda a retardar o envelhecimento”, daqui a pouco você lê dizerem que “o tomate pode causar câncer”, enfim… Outra coisa: Você já percebeu que os palestrantes, jornalistas, anunciantes, enfim, costumam usar o clichê “cada vez mais“??? É para dar mais ênfase ao que estão dizendo. Eu já ouvi tanto a constatação “o mercado está ficando cada vez mais competitivo” que se fosse verdade, a “competição” já teria se tornado uma guerra.
Bobagem!
A falta de assunto concreto, na sociedade de forma geral e principalmente na imprensa, faz com que fiquem “inventando moda”, ou repetindo-se, ou dissecando minúcias irrelevantes ou particularidades de temas abrangentes e consensuais. Tudo por fama, ou para vender mais, ou para estar certo… E eu que não sou religioso mas acho a Bíblia um p*ta compêndio espiritual, lembro de Eclesiastes 1: 14
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
Boa parte da população vive assim, ao mesmo tempo em que procura se manter “bem informada”, acaba incorporando na sua mente informações que além de artificiais, ou inúteis, ou parciais e tendenciosas, podem ser destrutivas. Você passa a acreditar que o mundo é um lugar ruim. Maravilhoso não é, mas também não é o mundo cheio de perigos súbitos que você vê nos jornais, revistas e agora, em doses cavalares, na internet. Tem muita coisa boa acontecendo por aí! Já ouviu falar em classe média midiática? É o que somos… um amplo grupo de pessoas de renda “maisomeno” cujo maior “alimento intelectual” advém de revistas, programas televisivos e do Jornal Nacional. O sujeito assiste ao JN e ao Jornal da Globo e se acha bem informado 🙁
Posso dizer que somente hoje, me sinto superando esse comportamento. Tenho passado quase que por uma “reestruturação cognitiva” (isso foi dito em 07/2008 e permanece). Vi que muito do que entendia da vida na adolescência, estava errado. Ou pior, eu achava que o modo alheio de entender a vida era o certo. Como se alguém soubesse algo concreto da vida… O que há de mais democrático nessa vida é a nossa ignorância a respeito da mesma. E como é difícil se pôr acima da opinião alheia! Nos preocupamos demais com o que os outros pensam ou acham que é melhor para nós, mas afirmo, não há outro caminho: Ovelhas negras assim são chamadas porque ignoram o que os outros acham melhor. Trilham o próprio caminho e normalmente se dão bem, apesar dos muitos tropeços.
Veja também
Espiritualidade – O leigo sofre
professor marcos
26 de setembro de 2008 as 1:28
ótima mensagem
Carolina Scarpelini
22 de julho de 2010 as 19:29
Boaa RONAUD boaaa.hehe
ronaud
22 de julho de 2010 as 19:36
Oi Carolina, bom vê-la “por aqui” novamente! 🙂
Grande abraço!
Isabella Bovendorp
23 de julho de 2010 as 22:16
Gostei!! Abraço!!
ALICIA DIAS PEREIRA
29 de julho de 2010 as 17:45
Bom em primeiro lugar quero parabeniza-lo pelo blog.
Eu gosto muito de ler … tudo que quero para minha vida vou direto para as informaçoes literarias . os livros sao meus melhores amigo de pensamento, motivação . abraço.
Alicia
ronaud
29 de julho de 2010 as 18:00
Isabella, Alicia,
Muito obrigado!!!
ALICIA DIAS PEREIRA
05 de agosto de 2010 as 13:29
Bom dia Ronald . Hoje nao estou tão bem. Mas com a Fé irei vancer todas as barreiras. Estou com 33 anos e descobri que tenho problemas do coração. Aqui vai para todos. A força que carrego no beijo vai me ajudar. Abraço. adoro poder postar com voce.
Acalma minha alma, Senhor,
que se confrange em pesares, ante os problemas
mal resolvidos ou sem solução.
Acalma minha alma, Senhor,
quando a madrugada chega e o sono não vem
para o reclamado repouso do corpo
cansado da luta diária.
Acalma minha alma, Senhor,
e toma minha vida em Tuas mãos.
Conduza-me para que eu não me perca
nos caminhos tortuosos do desespero e da angústia
que, insistentes, batem à porta de meus pensamentos
e de meu coração.
Acalma minha alma, Senhor,
equilibra minhas energias
e fortalece meu espírito
e assim, somente assim,
com Teu amor alicerçando minha vida,
é que poderei vencer hoje e sempre.
Amém!
ALICIA DIAS PEREIRA
17 de setembro de 2010 as 17:40
Bom Fim de Semana !!
ALICIA DIAS PEREIRA
23 de setembro de 2010 as 13:31
ENTEDER SEU PRÓPRIO ESPELHO ANTES DE JULGAR O PROXIMO.
É preciso reconhecer nossos próprios defeitos antes de julgar em vão os infortúnios alheios, ou menosprezar nossos irmãos, que não conhecemos. Não sabemos, com palavras nossas, avaliar algo sobre um irmão com quem não estamos nos relacionando em estreito círculo de amizades.
Não nos servem de estímulo palavras que difamem outrem, ditas em falso juízo, visando mérito próprio. Antes devemos reconhecer nossos próprios defeitos.
Não devemos deslizar no lodo escorregadio e traiçoeiro em que fazemos de nossas palavras críticas aos que não conhecemos e de quem a dor não sofremos.
Devemos enxergar nossos próprios erros, para que, com a nossa consciência, possamos nos conceder os méritos de corrigi-los. O que nos cabe é somente o juízo sobre nossos atos.
Não devemos nos conduzir por falsos caminhos e enganos, trazendo-nos desgastes inúteis e retardos para o nosso crescimento.
Antes de julgar a um irmão, devemos deixar-nos envolver em Amor e caridade, levando àquele palavras de Fé e Esperança. Entregue-as de bom grado, evitando fazer do próximo uma vítima de injúrias depositadas com palavras lançadas em vão.
Quem de nós poderá julgar um irmão?
Olhe no espelho e enxergue dentro de seus próprios olhos. Perceba quais são as palavras que você tem a dizer a si mesmo. Veja a expressão de dúvida no seu próprio olhar.
Vendo sua imagem refletida, você sentirá que a verdade surgirá de imediato. Pois é a sua verdade que está sendo dita. Sabedor de sua procedência, você não duvidará de sua veracidade. Será o seu interior que verá desabrochar no brilho de seus olhos.
Então, diga: será que a sua verdade lhe permite atirar a primeira pedra, no julgamento de seus irmãos?
Pois, então, expresse sempre bons fluidos e palavras de auxílio, não se entregando à prática covarde de usar críticas e julgamentos que apenas envenenam e destroem ao seu irmão. Palavras que, atingindo inocentes vítimas de nossa própria insensatez, ao expressarmos coisas de que não sabemos, difamam e destroem.
Lembre-se: sempre podemos usar de palavras sábias e sinceras, carregadas de amor e esperança, que serão mais úteis para aqueles que buscam, muitas vezes em meio ao desespero, encontrar seus caminhos.
ALICIA DIAS PEREIRA
ESP. ALTAS HABILIDADES.
ALICIA DIAS PEREIRA
23 de setembro de 2010 as 13:33
QUANDO FALAMOS DE IRMÃOS , ESTAMOS FALANDO DO OUTRO PERANTE DEUS ..