Lei da atração, um conceito antigo

Para muitos, lei da atração é um tema recente, surgido a partir de 2006, com o lançamento do filme O Segredo, com seu livro homônimo subseqüente. Porém para mim esse termo já é bem mais antigo. Tomei contato com a expressão lei da atração pela primeira vez na minha adolescência após ler um livro que estava perdido por aqui, chamado Como Usar as Leis da Mente de Joseph Murphy. Posteriormente ainda encontrei o mesmo termo nos vários livros que vim a ler da Seicho-no-ie – filosofia japonesa fundada por Masaharu Taniguchi relativamente presente no Brasil. E o termo em si surgiu no mundo ocidental moderno a partir do século XX (Fonte).

Dessa forma, conhecendo autores incríveis assim, incluindo, no Brasil, o Luiz Gasparetto, não aconteceu comigo o que aconteceu com a maioria das pessoas para quem a lei da atração foi vendida como uma novidade; como um produto revolucionário que inventaram semana passada e que veio resolver todos os problemas do mundo.

Joseph Murphy sempre deixa claro em todos os seus livros que a lei da atração é uma maneira contemporânea de entender a fé em seu sentido mais autêntico. Atualmente, todos entendem fé como devoção a uma determinada crença. Mas qualquer estudioso sabe o que é fé na verdade: É usar sua crença firme para conseguir qualquer coisa.

Porque aquele que pede recebe e o que busca encontra e ao que bate se abre. Jesus

Deus é uma frequência

Deus é uma frequência

O Segredo

Quando assisti ao filme O Segredo e li posteriormente o livro, que nada mais é do que uma transcrição do filme, gostei muito, principalmente pelo modo realmente atual com o qual trataram o tema. As pessoas realmente precisam entender que fé é um instrumento que a vida nos oferece para seguirmos nossa trajetória na vida com mais autonomia e esquecer daquele drama todo de salvação que tomou conta da religiosidade. Jesus veio dizer como levarmos uma vida mais independente e não tardou o homem mais uma vez jogar todas as suas atenções mais na morte do que para a vida.

Então beleza! Vi o filme, gostei, mas continuei questionando um pouco o modo como diziam que com a lei da atração você conseguiria tudo que quisesse com meros pensamentos positivos.

Sou convicto na idéia de que a lei da atração realmente está sempre fazendo com que nossa vida seja, por afinidade, um espelho preciso do que somos essencialmente. E acredito ATÉ que se conseguíssemos de fato manter só bons pensamentos na cabeça a todo tempo, nossa vida seria um paraíso das realizações.

O que não acredito é que alguém nesse mundo realmente consiga manter o mesmo pensamento positivo por mais de 10 segundos 🙂

De modo que sempre achei, muito particularmente, que a melhor forma de manipularmos a lei da atração não era através SÓ de pensamentos positivos, e sim de firmes decisões, de ações positivas e reações positivas. Já falei até em lei da ação. Pois creio que quando tomamos qualquer iniciativa, por menor que seja, rumo aos nossos intentos, o universo de fato conspira (parafraseando Paulo Coelho) para promover alterações na realidade de modo a favorecer a realização de nossos desejos. Basta ouvir as histórias de qualquer grande realizador, mesmo os mais pragmáticos. São comuns as coincidências inesperadas que vieram favorecer a concretização de suas intenções.

Surpresa

Eu pensava assim até conseguir, meio por acaso, o livro A Lei da Atração – O Segredo colocado em prática.

Sempre achei, por puro preconceito, que esse livro era daqueles livros secundários, como os peixes comensais que vivem no mar às custas – e no embalo – dos peixes grandes. Achei que o livro nada mais era do que uma versão alternativa de O Segredo.

Não era.

Ele consegue me parecer tão melhor quanto tudo que eu já havia lido sobre o tema. Sério! E é mais antigo que O Segredo. Este é de 2006, já o livro A Lei da Atração é de 2003.

Enfim, como usar a lei da atração?

Evidentemente sugiro que você adquira um exemplar do livro (novo ou usado). Mesmo sendo um livro resumido e super objetivo, quase como um manual prático explicando como usar a lei da atração, ele é bem mais completo do que a traçada geral que vou passar a seguir. A propósito, o que vou passar é mais para fins de exemplificação, para você entender do que estou falando.

Embora seja tudo um processo só, Michel Losier sugere dividí-lo em três passos:

Passo 1 – Identifique o seu desejo – Peça

Aqui está a grande sacada do autor, segundo meu ponto de vista. Todos nós sabemos como é difícil manter pensamentos positivos quando nossa realidade não está tão positiva assim. Porém Losier sugere a tática da oposição mental, também referida como contraste, pelos autores Esther e Jerry Hicks. Entenda melhor esse aspecto e porque a oposição é tão importante aqui.

Losier parte do pressuposto de que poucos de nós sabemos o que queremos e que essa é a causa da lei da atração não funcionar em nossas vidas. Como chegar se não sabemos onde ir? PORÉM ele afirma, e concordo, que todos nós sabemos exatamente o que não queremos. Então a idéia aqui é definirmos o que queremos opondo nossos pensamentos em relação ao que não queremos.

Exemplo: Seu carro está velho, quebra a cada esquina, consome muito combustível. Você sabe que na verdade não quer um carro velho. O que você quer então? Um carro novo, não?

Passo 2 – Dê atenção ao seu desejo – Acredite

Este passo consiste na repetição do resultado do passo anterior. Ou seja, após verificar e decidir finalmente pelo que você quer, deve ficar repetindo isso constantemente. A cada vez que lembrar ou se deparar com o que você não quer em sua vida, dirija seus pensamentos automaticamente para o que você quer. Peça! Brinque em sua imaginação como seria bom ter o que você quer. Acredite-se estar em meio ao processo que trará seu objeto de desejo.

A base aqui é ADQUIRIR O HÁBITO de opor seus pensamentos. Se sentiu mal? Identifique o que lhe fez mal e instantaneamente, dirija seu pensamento para a oposição, isto é, para solução do seu problema, enfim, o que você realmente quer. Segundo Losier, a lei da atração lhe trará mais do que estiver em sua vibração espiritual através dos seus pensamentos.

Passo 3 – Permita – Receba

Este terceiro passo consiste numa auto-correção. Segundo Michael Losier, o que mais atrasa a realização de nossos intentos é a dúvida. Sempre que você pensa numa desculpa do porquê você não ter ainda o que quer, estará impedindo o recebimento da manifestação do seu desejo.

Por exemplo, no caso do carro. Você já identificou o que não quer: O carro velho. Você já identificou o que quer: Um carro novo. Você se concentra no carro novo continuamente, sempre que se depara com sua situação. Mas daí resolve encontrar formas convencionais de entender como esse carro novo virá até você. Instalou-se a dúvida. Então você pensa: “Mas eu ganho tão pouco, não me parece possível adquirir um carro novo com o que eu ganho”. Eis a desculpa que instala em sua vibração espiritual a constatação de que é impossível ter um carro novo. Nada vai acontecer. Lembre-se: Lei da atração é fé. Fé e raciocínio não combinam. O divino transcende os limites da razão.

Quando começar a questionar, páre. Volte e concentre-se unicamente no que você quer. E não desista de acreditar.

Conclusão

Este é um supra-sumo do livro citado, demonstrando como usar a lei da atração. Como você pôde observar, é muito interessante.

Este texto – eu deveria ter dito lá em cima – não é para céticos. De qualquer forma nenhum cético de verdade chegaria até este ponto do texto. Particularmente, acredito não só na lei da atração, como acredito que ela é um conceito simplificado de um mecanismo espiritual que define até onde e como vamos nascer.

Embora até muitos dos próprios divulgadores da lei da atração digam que ela é uma lei física, eu discordo. Ela certamente tem uma base física ultra-microscópica (quântica) (ainda não comprovada) que porém age no mundo humano e subjetivo. Por isso nunca será comprovada, porque nada do que é subjetivo pode ser medido.

A lei da atração é algo cuja prova cada um de nós deve buscar individualmente. E para isso, será necessário acreditar minimamente em sua possibilidade. Quem não acredita, bem, quem não acredita nem está lendo este texto, não é?