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Experiências espirituais

Enviado em 2010-09-26 18:19:45

O motivo da rejeição por parte da comunidade científica em relação aos fenômenos e experiências espirituais é, dentre vários critérios, a impossibilidade da reprodução das experiências de forma controlada para o escrutínio público. Ou seja, algo só é considerado verdadeiro se várias pessoas o perceberem da mesma forma.

É por esse motivo que, por exemplo, um médium é taxado de esquizofrênico. Se ele, e só ele consegue vivenciar tais experiências por ser dotado de uma sensibilidade diferente, e o espectador não, a experiência não é válida, mesmo que apresente outros caracteres que lhe conferem veracidade. Enfim, não quero aqui questionar os méritos do critério científico, só comento que é assim que as coisas funcionam.

Mas ontem ouvi um relato de uma experiência espiritual, que me deixou instigado. E mais do que instigado pela experiência em si, tal relato me disse mais do que eu esperava. E só percebi esse "mais do que esperava" depois de refletir sobre o que ouvi. Bem despretensiosamente, diga-se de passagem, no modo como me foi contada, tal experiência espiritual "tocou" um pouco nessa questão do "escrutínio público" de forma simples e curiosa.

Relatou um amigo que, certo dia, estando numa reunião espírita kardecista, no momento da doutrina, começou a enxergar a "aura" da doutrinadora. Dizia ele que achou que o problema estava em sua visão, e que começou a passar a mão nos olhos para eventualmente desanuviar sua visão. No entanto, continuou enxergando a aura da palestrante. Era uma luz diáfana e suave que subsistia em volta da mulher e que a acompanhava conforme ela se movimentava. Até aí tudo bem, quem sabe de um ponto de vista mais cético, meu amigo estivesse tendo "alucinações", muito embora seja um sujeito muito atento, prático, objetivo, sem qualquer queda para a perda do auto-controle, fraquezas ou credulidades bobas.

Mas sobretudo, o que me surpreendeu foi que, continuando a relatar sua experiência, disse ainda que sua filha estava ao seu lado, e que ele percebeu que o mesmo "incômodo" estava se fazendo nos olhos da filha. E que, momentos depois, sem que ele esperasse, ela perguntou: "Pai, você tá vendo o que eu tô vendo?"

Sim, os dois, dotados desta sensibilidade de natureza desconhecida, provavelmente muito concentrados e envolvidos no clima do ambiente, começaram a enxergar conjuntamente a aura espiritual da mulher à sua frente.

Não quero provar a existência da aura com apenas uma dúzia de linhas, quero apenas passar à frente um relato de experiências espirituais que, para mim, foi muito significativo e que, repito, disse incrivelmente mais do que eu esperava ouvir.

Leia também um relato sobre a "Brincadeira do Copo".

Ronaud Pereira

Publicado em www.ronaud.com/espiritualidade/experiencias-espirituais/