Clique aqui para imprimir
Perdão - Um ato grandioso
Enviado em 2015-09-02 21:54:44
Anos atrás, comentei aqui sobre
o perdão e seus
significados.
Era um entendimento então recente, onde comentava que perdoar é aceitar a realidade como ela é; que mágoa acontece quando a realidade - na forma de pessoas, fatos e circunstâncias - não corresponde ao que imaginávamos ou esperávamos (ou mais precisamente, ao que queríamos).
Então aconteceu, de um ano pra cá, que descobri que temos
NÍVEIS de aceitação: Até certo ponto, conseguimos aceitar muitas coisas - e perdoá-las, de fato; situações que nos machucam muito, inclusive, já que,
pois bem, acabamos por compreendê-las e aceitá-las, aprendendo a conviver com elas.
Mas eis que pode acontecer, E ACONTECE, da vida nos mostrar outras situações, muito piores, as quais nos é impossível aceitar.
Então me vi não conseguindo (não querendo, quem sabe...) perdoar certas coisas. Me dispus a não admitir certos absurdos. Me peguei pela primeira vez na vida atormentado (
além do normal) por circunstâncias
inaceitáveis.
E já antes dessas situações explodirem (porque já se prenunciavam), vinha percebendo que a dificuldade de aceitá-las estava
minando minha energia, tirando minha paz,
bloqueando meus caminhos.
Essa dificuldade tem alguns nomes, como
mágoa, rancor,
ressentimento... são realmente
sentimentos negativos e venenosos que contaminam
seu sangue e
sua alma. E a manutenção desses sentimentos por muito tempo cria uma
resistência espiritual que emperra sua vida (a qual, sem eles, já não estaria
lá grande coisa rs).
Conclusão: Não perdoar é um atraso - literal - de vida.
Ilusão e desilusão
Não conseguir perdoar, por não aceitar certas coisas, é fruto de uma grande desilusão, daquela que vai além dos nossos níveis normais de aceitação, como comentei acima.
A ilusão se caracteriza pela crença convicta num cenário que só existia na sua
cabeça de jerico visão das coisas. Mais cedo ou mais tarde essa ilusão, que é mais ou menos como uma redoma de vidro a sua volta, se torna insustentável e quebra. E os estilhaços caindo no chão lhe assusta, lhe deixa em choque. E o que você vê para além da redoma é bem desagradável.
Mas sempre esteve lá. E se chama realidade.
A não aceitação da realidade como ela é, é que cria a mágoa. É uma negação. E como é essa realidade? Dura, crua, impiedosa... um lugar onde pessoas amadas frustram nossa confiança, onde fatos alheios a nossa vontade mudam tudo, onde aprendemos a não esperar muito de
Deus. O ceticismo que surge após a amargura da desilusão vem como uma resposta às perdas (de coisas que só existiam na nossa imaginação), vem enfim, como uma lição para não repetirmos mais o mesmo fiasco.
Por um lado, é bom que surja mesmo, não?
Já tá na hora de aprender!
Uma floresta... amazônica