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Maconha, proibição, dois pesos e duas medidas
Enviado em 2013-12-12 10:48:49
A maconha tem estado em evidência depois que o governo uruguaio optou por legalizá-la completamente.
Nunca fumei maconha e acho um negócio fedido, me perdoem os adeptos.
Concordo com Reginaldo Rossi quando ele diz que droga boa é cheirar mulher.
Mas não vejo problema algum na liberação dela e de toda e qualquer droga, desde que devidamente regulamentadas.
Primeiramente, porque se regulamentações não funcionam 100%, ao menos funcionam em grande parte.
É melhor um contrabando de 30% de mercadorias, do que um tráfico de 100% delas.
Né?
Segundamente, porque acho RIDÍCULO criminalizar uma... PLANTA!
Na verdade, não se sabe exatamente por quê a cannabis é proibida, enquanto o tabaco não é. Mas há uma teoria muito provável, já que envolve... acredite você... dinheiro!
Diz-se que a cannabis foi proibida nos EUA porque competia com o mercado da celulose na fabricação do papel. Só que a cannabis pode ser fumada, a celulose não. E por ser barata, estava amplamente associada às baixas camadas sociais e seus problemas de violência. Então o lobby da celulose (em especial a empresa Dupont) pressionou os legisladores para que proibisse essa planta, já que ela "promovia a violência" e o desregramento.
Terceiramente,
porque não é porque algo é proibido que as pessoas vão deixar de usar,
tolinhos.
Vamos proibir as plantas que originam as bebidas alcoólicas também
Quartamente: Ora, se a maconha é proibida porque ao ser utilizada promove certas alterações psicológicas no indivíduo, então a parreira da uva também deveria ser proibida, já que a ingestão de vinho também promove alterações psicológicas no indivíduo, gerando sensações de prazer que podem causar dependência.
Ora (2), se a maconha é proibida porque ao ser utilizada promove certas alterações psicológicas no indivíduo, então todo e qualquer vegetal que dê origem à bebidas alcoólicas também deveria ser proibido, já que desconheço substância acessível a qualquer um, jovens em especial, tão psico-ativa, quanto o álcool.
Ou proibamos tudo que
dá um barato, ou liberemos tudo e deixemos as pessoas escolherem suas fontes de prazer, por mais questionáveis que nos pareçam.
Ronaud Pereira
Publicado em www.ronaud.com/sociedade/maconha-proibicao-dois-pesos-e-duas-medidas/