O aquecimento global hoje se tornou um misto de religião com posicionamento político. Ao mesmo tempo em que herdou aquela qualidade desafiadora da bandeira que por um bom tempo o Comunismo leninista hasteou, sempre e de todas as formas CONTRA o capitalismo, também assume um quê de credo, já que mesmo sendo um tema científico, há quem acredite e há quem questione. Quanto à questão política não estão os ecologistas de hoje posicionados cegamente contra qualquer ação capitalista que vise lucros, já que qualquer ação capitalista preponderantemente tende a modificar a natureza? Tanto que os mais ortodoxos nesta idéia ganharam o apelido de ecochatos.

Tempos atrás assisti pacientemente a este documentário – A Grande Farsa do Aquecimento Global – o qual me pareceu muito razoável dentro do contexto em que vivemos. Resumindo o que assisti, o documentário, muito bem produzido, discorre sobre a hipótese provável de que o planeta está em processo de aquecimento sim, mas não devivo ao gás carbônico, e sim devido a um processo natural de oscilação na temperatura média do planeta que ocorre numa frequência de milênios. Frequência esta que já proporcionou épocas de grande prosperidade ao norte da Inglaterra nos tempos medievais, segundo pesquisas apresentadas no documentário.

Faz muito sentido, principalmente quando esclarecem o motivo pelo qual os defensores da idéia do aquecimento global antropogênico são tão irredutíveis na defesa desta idéia. Imagina qual o motivo? Sim, dinheiro. O que está ocorrendo é que, se mantiverem no ar essa questão de que o aquecimento ocorre devido à ação humana, os governos terão que assumir uma posição moral de defesa do ambiente diante da sociedade que cobra a sua preservação através de… FINANCIAMENTO PARA PESQUISAS CIENTÍFICAS que visem encontrar soluções para a redução das emissões de carbono. Resumindo um exemplo dado por um cientista do documentário: “Se a sua pesquisa sobre “O comportamento das marmotas no oceano ártico” está tendo dificuldades em encontrar financiamento, basta acrescentar ao título do seu trabalho algumas palavras dizendo que fará uma pesquisa sobre “O comportamento das marmotas no oceano ártico e sua influência sobre o aquecimento global”. Pronto, financiamento obtido, afinal qualquer governo preza em ver seu nome atrelado à preservação ambiental.

Ou seja, se os cientistas concluírem: “Não, nada podemos fazer para evitar o aquecimento da terra já que ele não vem das ações humanas sobre o planeta”. Então, quem se atreveria a gastar dinheiro para tentar mudar algo além do nosso alcance e que é, além do mais, um episódio natural?

Agora os financistas tão criativos em seus produtos financeiros – produtos estes que conseguiram criar uma crise sem precedentes na história recente – inventaram até os tais dos créditos de carbono. Quer dizer, minha empresa pode continuar a poluir se eu pagar para quem retira o carbono da atmosféra através de suas atividades industriais. Estranho quando um erro se torna aceitável desde que se pague por ele, não?

No fim das contas, ainda assim vejo como válida essa discussão toda. Provocado pelo gás carbônico ou não, o aquecimento global e a discussão que o envolve ao menos conscientiza as pessoas e principalmente as empresas e governos, com ações e leis que miniminizam o nosso impacto sobre a natureza. Com inteligência e sabedoria poderemos sim, através do desenvolvimento sustentável verdadeiro e aplicado, administrar melhor a nossa breve estadia nesta casa redonda que flutua pelo espaço e continuará flutuando, milhões de anos ainda, com ou sem nós.

Vejam esse vídeo de George Carlin. Perfeito: