Venho percebendo que o povo está cansado dessa luta diária pelo progresso financeiro, por objetivos artificiais, adquiridos por influência alheia.

Para todo lado que olho vejo pessoas relatando o vazio existencial observado somente depois de terem chegado ao êxito financeiro, quando finalmente lhes sobrou tempo para olharem em volta. Ou as vezes, nem isso. Há quem fique exaurido no meio do caminho. Não é pra menos. E mesmo aqueles que conseguem grandes posses, acabam percebendo que a manutenção ou cuidados que as tais posses exigem consomem mais energia (vital) do que imaginavam, sem contar o custo financeiro propriamente dito.

Percebem que poderiam estar fazendo algo melhor e mais significativo com seu tempo e disposição.

Cedo ou tarde, todos vão perceber ter mais meramente por TER mais, não tem a menor graça. De repente se tornou muito mais interessante termos somente o que precisamos. Somente o que vamos usar.

E ainda assim parece muito.

Encontrei no magnífico livro “A energia do dinheiro” de Maria Nemeth (não confundir com este livro) a seguinte questão:

“Se a simplicidade é tão boa, por que todos não a usam?”

Pois é, eu pergunto novamente, por quê?

Por que tanta correria? Por que tanta pressa? Por que tantas tarefas sem sentido? Tudo porque, em algum momento, por não refletirmos no que realmente importa para nós, achamos razoável adotar “o que realmente importa para os outros”, ou seja, carros, casas, luxos, dinheiro, etc.

Veja, se podemos atingir esses objetivos naturalmente, seja através de fortes vocações e de um encaminhamento natural da vida, tudo bem.

Mas definitivamente, este não é o caso de uma maioria.

Nem todos nós nascemos com tanta energia para se correr atrás de dinheiro, e acho muito mais digno reconhecermos essa nossa natureza autêntica, do que ficar correndo atrás de valores alheios, nos desgastando à toa, para no fim, percebemos que aqueles não eram nossos valores, porque afinal, nunca nos perguntamos QUAIS SÃO os nossos valores.