Seguindo a onda de um post anterior, recentemente, encontrei sequencialmente duas frases que me atingiram em cheio:
Bens materiais são a pior forma de gastar dinheiro. Rapidinho você esquece que a sua casa é imensa e que seu carro é potente. Melhor gastar em experiências: viagens, concertos, pular de bungee jumping e afins.
Leonardo Monasterio
É bem melhor comprar experiências do que coisas materiais.
Elizabeth Dunn – Psicóloga. Pesquisadora responsável por diversos estudos sobre consumo
Como sempre, penso que como fazemos parte deste mundo, precisamos saber nos locomover nele com prudência. Se nos desfizermos de todo bem material de que dispomos, podemos vir a ficar na mão mais para o fim de nossa vida. O vigor e a saúde com os quais vivenciamos as boas experiências da vida um dia passam e – embora hajam exceções – tudo o que queremos é um cantinho só nosso para podermos sossegar. E desconfio que um asilo geriátrico não seja o melhor lugar para isso 🙁
Contudo, entretanto, porém… Que as duas frases fazem MUITO sentido, fazem. Porque aqui, em meio ao meu mundinho provinciano, tudo que vejo são pessoas esperando o fim de semana pra lavar o carro e transformá-lo numa obra de arte, para sair desfilando com ele nas noites do fim de semana. Então param num restaurante qualquer, comem até querer morrer, e vão pra casa dormir. Outros adotam a meta semanal do churrasco com amigos. É claro que estas são atividades boas de se fazer e tal, mas eu questiono quem fica só nisso.
É uma reflexão que já venho mantendo há um bom tempo.
Será que vale a pena enchermos nossas casas de quinquilharias? E trabalharmos economizando para adquirir bens visando a estabilidade no futuro? Ou melhor seria enchermos nossas mentes com sensações diferentes? No próximo aniversário ou Natal, será que mais vale dar de presente essas bobagenzinhas que logo vão ser passadas pra frente ou ainda guardadas num canto, ou dar de presente uma entrada para um teatro, ou para o cinema, ou para um concerto, etc???
E você, qual experiência diferente vai dar para si mesmo(a)?
roseli markwarth
09 de janeiro de 2011 as 12:42
Tenho pensado muito nisso ultimamente , pra que juntar tanta coisa ? Vou tentar fazer diferente este ano .Muito obrigado. Te admiro muito.bj
Márcia Lúcia
12 de fevereiro de 2011 as 19:50
Bastante interessante, realmente vivemos em uma sociedade capitalista, que ensina-nos a ideia que para ser feliz, é ter vastos patrimônios, poupança, diplomas, carro zero, falar vários idiomas, e outras coisas a mais, só que, ficamos frustrados, queremos sermos tudo, e esqueçamos que somos seres limitados, e o ciclo da vida nao pára, quando damos conta, do que é realmente a felicidade, ja estamos quase sempre entediados em buscá-la… Buscamos em lugares e situações pricipitadas.